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Palavra - Cântico dos Cânticos 8

“Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar: Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser. Quem vem subindo do deserto, apoiada em seu amado? Debaixo da macieira eu o despertei; ali esteve a sua mãe em trabalho de parto, ali sofreu as dores aquela que o deu à luz. Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor. Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado.” Cânticos 8:4-7

O amor da juventude, o amor da juventude por tantas coisas, ah o amor da juventude pelo Senhor. Certo que o grande poeta Salomão, provou da sabedoria, também provou do amor do Senhor. Escreveu sobre o amor, 8 capítulos do mais puro amor, que a carne não pode sentir, nem o homem natural provar. Que Deus possa te esclarecer o que é amor jovem, o amor que fez com que ele entregasse seu próprio Filho, prova maior que ele realmente nos amou (Romanos 5:8). Certo que Salomão fala de um amor, entre um homem e uma mulher, ele personifica o amor na união entre duas pessoas, os cânticos não são poemas carnais (?), o significado das suas palavras são espirituais, amor, a supremacia do amor, que o Espírito declarou ser a maior entre todas as coisas (1 Coríntios 13:13).

O amor que consola, o amor que dá forças, o amor protetor do Senhor, o amor que vem desde o nascimento, o amor que surge com os pais, que passa aos filhos, que na maturidade, percebe além da família, o amor do Senhor, até que chegue o momento de possuir alguém que ama.

Aquela que ama, pede que seu amado não seja incomodado, ela roga as “mulheres de Jerusalém” que não incomodem o seu amado, a cidade do Senhor é lembrada, a cidade que Jesus chorou sobre ela (Lucas 19:41), indicando o seu grande amor. O nascimento da amada, a bem-aventurada mãe que a gerou, como Maria gerou o Filho, quando o Espírito veio até ela, determinando que dela iria nascer o Filho de Deus. O amor declarado é o mesmo amor sublime, puro, amor que não se pode expressar, senão inspirado pelo Espírito Santo.

O amor de Deus está derramado sobre nossos corações (Romanos 5:5), através do Espírito Santo. A amada pede para ser um selo no coração do amado, uma marca em seu braço, para lembrança da sua memória, também em nós Cristo está marcado, recebemos do Senhor o selo do Espírito. Certo, alguém dirá que os cânticos não se referem a Cristo, alguns dirão que sim, outros que só fala de um amor comum, da união entre um homem e uma mulher. mas o amor de Deus por nós é algo incomum, se a Escritura registrou algo tão sagrado, traduz Cristo, o amor que há nele, Cristo amou a igreja (Efésios 5:25).

A morte é algo impactante, que resulta dor intensa, principalmente para que ama, o amor é mais forte do que a morte, nem mesmo a morte nos separa do amor de Deus (8:38). A amada quer está sempre com o amado, sua dedicação ao amado é tanta, que eis ai o ciúme da posse, para ela, tão duro quanto uma sepultura, cujo lugar é o destino dos homens. Pertencemos ao amor de Deus, não podemos nos dedicar ao amor do mundo, Tiago diz que o Espírito que habita em nós tem ciúmes (Tiago 4:5). Ora, o ciúme humano pode ser um desequilíbrio, diferente do amor que Deus sente por nós, pela sua amada igreja:

“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. “ 2 Coríntios 11:2-3

Fogo ardente, fogo celeste, fogo incessante para alma, esse é o amor do Senhor, energia para o Espírito. Apagar o amor, impossível, o poeta ama, nada consegue apagar o seu amor, nem as muitas águas, nem as maiores correntezas. Amor que permanece, amor do Senhor, de quem poderia o poeta falar, sim, ele fala da sunamita, ele fala do seu sentimento, uma metáfora (?) que compara o amor do Senhor, o amor que o Senhor colocou dentro do seu coração jovem. Homem algum pode oferecer alguma coisa, para adquirir o amor do Senhor. Houve alguém que recebeu, mas, desprezou o amor do Senhor, uma pena...

O mundo foi salvo pelo amor de Deus...Cristo.

Não é apenas um simples poema, entre um poeta e sua amada, entre o amado e a sulamita, entre Cristo e a igreja, entre sexo (não se espante, vide Gênesis 2:23-24) e casamento, são palavras que dizem abertamente, o quanto Deus realmente nos ama. Essa relação que temos com Deus, tem no amor, a durabilidade que conduz a vida eterna. O amor nos mantém seguros no mundo, quem nos odeia não tem poder sobre nós, a tentação até nos alcança, até que o amor abra distância.

Jovem, que o amor de Deus continue a te mostrar coisas excelentes, espero através do Espírito que você esteja sentido ele agora. O casamento é uma criação do Senhor (1 Timóteo 4:3-5), um dia você também vai desfrutar da pessoa que escolheu (Eclesiastes 9:9), que esse amor possa ser compreendido, de uma maneira que leve você a cada dia, ter ainda mais saúde espiritual, inteligência para usufruir dos benefícios da graça.

Se as ardentes provas (1 Pedro 4:12) estão te perseguindo, o amor de Cristo mais do que depressa agirá a teu favor. Somente pela sabedoria do Espírito, o poeta foi capaz de encontrar Deus em todas as coisas, sobretudo...o seu amor.

Deus te abençoe.