O Esconderijo da força divina

“E o resplendor se fez como a luz, raios brilhantes saíam da sua mão, e ali estava o esconderijo da sua força.”
Habacuque 3:4


Os homens registrados nas Sagradas Letras, eles conheceram Deus, como acho que eu nunca conheceria, suas palavras descreveram Deus, (talvez não) como os quadros dos maiores pintores, os poemas dos maiores poetas, o pensamento dos maiores filósofos, as atitudes dos maiores estadistas, as descobertas dos maiores matemáticos, físicos, químicos, astrônomos, teólogos, e aquilo mais capaz de causar espanto, dado a perfeição com que foi realizado seus feitos.

O esconderijo da força divina, lugar onde Deus produziu suas alianças, criou o amor, os dons, o fruto do Espírito, a maior de todas as criações, seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. As maiores mentes da humanidade não resistiram ao tempo, só Deus tem a imortalidade, só ele habita na luz inacessível, que o homem comum desprotegido, não tem capacidade para enxergar (1 Timóteo 6:16).

Somente Moisés mais um ajuntamento de homens, em um encontro incomum, viram o Deus de Israel, numa estrada pavimentada com pedras de safira, “que se parecia com o céu na sua claridade” ( Êxodo 24:10), viram o que Deus permitiu que vissem, a manifestação gloriosa que o Senhor deu a conhecer aos homens, não foi assim também o encontro de Elias com o Senhor, restando apenas uma voz mansa e delicada? (1 Reis 19:11,12)

Isaías viu o Senhor assentado no seu trono, com os serafins clamando “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória (Isaías 6:1,3), o salmista pergunta “quem é este Rei da Glória?” (Salmos 24:8), será o mesmo que o apóstolo deslumbrou na sua visita ao terceiro céu (2 Coríntios 12:2)? Jesus anunciou “eu sou a luz do mundo” (João 8:12), Daniel respondeu, “com Deus mora a luz” (Daniel 2:22). João foi arrebatado como parecem ter sido Moisés e os homens que estavam com ele, disse o homem de Deus “e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono” ( Apocalipse 4:2).

Ezequiel descreveu o aspecto da glória do Senhor (Ezequiel 1:28), o resplendor daquele que está no seu santo templo, “cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2:20). Imagine os homens sábios dando origem a suas obras-primas, imagine o Senhor fundando a terra e os céus (Hebreus 1:10).

“Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor teu Deus, a terra e tudo o que nela há.” Deuteronômio 10:14

Dwight Lyman Moody escreveu que “as características que o declaram ser Deus são claramente percebidas pelos seus atributos invisíveis”. Olhem todos os mortais em volta, nas coisas criadas (Romanos 1:20), será fácil perceber o que sentem os sábios ao término de suas grandes obras, supondo que Deus excede em feitos magistrais, ele é contestado por ser invisível, pena que nem todos podem enxergar as grandezas de Deus.

Honro a todos os grandes mestres, doutores inigualáveis, homens fenomenais, eles mudaram a história, a mando daquele que criou a história.

“ E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele “ (Colossenses 1:17)

Um Deus desceu entre os homens, não um deus grego ou romano, o Filho de Deus, deixou os tesouros celestes, trazendo com ele a graça perfeita, projetada no esconderijo do poder, o diabo precipitado tenho certeza nunca teve acesso à sala principal, lançado entre os homens, foi derrotado pelo sangue do cordeiro. A Bíblia não é o único sinal que existe um Deus, aquela pergunta jamais cessará “o que ocorreu no começo”, “tudo veio do nada?”, é verdade o que está escrito: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11:3 ).

Estamos nas mãos de Deus, o esconderijo do onipotente, não ir além do que está escrito é um indício de que pela fé estamos entendendo alguma coisa...