Congregação Cristã: Um Século de Isolacionismo

O texto abaixo reflete a pespectiva do "mundo", sobre o "modus operandi" da Congregação nestes 100 anos.

Embora a ccb não coadune, com a corrente protestante ou pentecostal, ela colocou sobre si um exclusivismo exacerbado e idêntico a todas as demais denominações.

De fato a maior obra de Deus, se referindo a misericórdia da justificação do homem, foi o Deus invisível se tornar carne.

Eu não concordo com essa individualização do evangelho, cada comunidade tomando para si o rótulo de "igreja de Deus na terra". Paulo mencionou (e reclamou) de tal prática, na sua carta a comunidade de Filipos: "Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. " Filipenses 1-15 a 18

Fico eu lembrando do meu início na Congregação, dos cultos, das reuniões de mocidade, das buscas de dons (não foram muitas), das evangelizações, dos mutirões, enfim, tantas foram alegrias, do que realmente Deus me proporcionou, e muitas tristezas, do dano que o homem provocou.

Sejamos sóbrios, o Caminho permanece o mesmo, mas, não deixe que a denominação se transforme numa espécie de "guia". O Espírito guia os homens, e estes devem apenas louva-lo.

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TEXTO

Uma das maiores denominações protestantes, a Congregação Cristã no Brasil (conhecida como a "Igreja do Véu") completou, de forma absolutamente discreta, o seu centenário no ano passado de 2010. Fundada como uma dissidência da Igreja Presbiteriana do Brás, São Paulo (SP), em 1910, pelo pregador italiano Louis (Luigi) Francescon, de origem valdense, e que recebeu o “batismo com o Espírito Santo” no avivamento da Rua Azuza, nos EUA (a mesma que impactou Gunnar Vingren e Daniel Berg, fundadores da Assembléia de Deus), ele implantou igrejas no Brasil, Argentina e Estados Unidos. Uma mescla de pneumatologia pentecostal e eclesiologia darbista (dos Irmãos de Plimouth/Irmãos Livres), a “Congregação” passou as suas primeiras décadas entre os imigrantes italianos do sudeste e sul do País, até se espalhar nacionalmente. Dirigida por obreiros não remunerados (anciãos), rígida em usos e costumes, e sem empregar veículos de comunicação em massa, a Congregação Cristã tem se pautado, a partir de uma leitura sectária de ser algo especial/superior, por um absoluto isolacionismo em relação ao conjunto do evangelicalismo brasileiro, a despeito de já se ter passado algumas gerações e a ascensão social e educacional de muitos dos seus membros.



Fonte: Imprensa Brasileira.