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J. C. Ryle - Carta de Despedida para a Igreja da Inglaterra em Liverpool

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J. C. Ryle - Carta de Despedida para a Igreja da Inglaterra em Liverpool  Empty J. C. Ryle - Carta de Despedida para a Igreja da Inglaterra em Liverpool

Mensagem por Admin Sex Ago 12, 2016 8:41 pm





Reverendo e queridos irmãos, Praticamente as últimas palavras do grande apóstolo dos gentios estão diante dos olhos de minha mente hoje: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”. Após quase vinte inesperados anos na labuta como bispo, estou prestes a abdicar de meu posto, haja vista os anos que se passaram e a minha saúde debilitada, no auge de meus 83 anos, que me mostraram que já não estou mais apto a servir com primazia a diocese e nem a Igreja da Inglaterra. Renuncio meu bispado com grande pesar. Ao olhar para trás, para meus anos de episcopado, afirmo conscientemente que deixei muitos assuntos pendentes e que esperava tê-los resolvidos assim que cheguei a Liverpool. Estou igualmente consciente de que muitas questões com as quais tive que lidar – reuniões, ordenações, confirmações e consagrações – foram tratadas de forma imperfeita. Peço-vos para que lembreis de que já estava com 64 anos quando cheguei aqui e já não era mais um jovem, mas ainda assim acredito que, apesar das muitas dificuldades, esforcei-me para cumprir meu dever. Sou grato por nosso Deus ser um Deus de misericórdia. Minha separação de Liverpool, que já não tarda, será um grande dissabor para mim. Jamais me esquecerei de vocês. Aventuro-me a pensar sobre meus últimos dias, que seja perto do Mersey e exercendo meu ofício. Entretanto, os planos de Deus não são os nossos e ele tem me ensinado, através da minha saúde debilitada, que os membros dessa diocese necessitam de um bispo mais jovem e forte. Antes de deixá-los, peço que escutem algumas palavras de despedida de um ministro já velho, com mais de 58 anos de experiência e que, durante esse tempo, já viu e aprendeu muitas coisas. Está escrito, “Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria” (Jó 32:7). Incumbo todos os clérigos que estou prestes a deixar para que nunca negligenciem suas pregações. Seus bairros e congregações podem ser comparativamente grandes ou pequenas, mas a mente de nosso povo está completamente desperta. Eles não se contentarão com sermões fracos e mansos. Eles querem vida, luz, fogo e amor tanto no púlpito quanto na paróquia. Permita-lhes que tenham tudo isso. Não se esqueçam que um ministro fervoroso e que exalta a Cristo sempre terá consigo pessoas assíduas na igreja. Por último, mas não menos importante, cultivem o hábito de viverem em paz com todos os irmãos ministros. Tomem cuidado com divisões. Há algo que os mundanos sempre compreendem, mesmo não entendendo a doutrina: disputas e controvérsias. Estejam em paz entre si. Que Deus abençoe todos vocês. Aos membros que deixo nessa diocese, os quais conheço muito pouco, bem menos do que teria conhecido, caso tivesse chegado aqui ainda jovem, desejo-lhes meus melhores votos e oro para que essa diocese tenha a bênção de Deus, tanto em prosperidade temporal quanto espiritual. Agarrem-se à antiga Igreja da Inglaterra, irmãos, agarram-se à Bíblia, ao Livro de Oração Comum e aos 39 Artigos da Religião. Não permitam que nenhuma instituição de caridade sofra. Considerem os pobres e necessitados. Apoiem o trabalho missionário tanto em nossas terras quanto no exterior. Ajudem os clérigos mal pagos. Nunca se esqueçam de que foram os princípios da Reforma Protestante que fizeram desse país o que ele é hoje e, portanto, não deixe que nada o tente a renunciá-los. Em breve nos encontraremos novamente; muitos, espero, à direita do Rei e alguns poucos à esquerda. Até que esse tempo venha, recomendo-lhes que se fortaleçam em Deus e na graça de sua Palavra, que é apta a nos fortalecer e dar-nos uma herança ao lado daqueles que são santificados.

Atenciosamente, seu Bispo afetuoso e eterno amigo, J. C. Ryle

PALÁCIO EPISCOPAL, ABERCROMBY SQUARE, LIVERPOOL. 1º de fevereiro de 1900

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