A nossa vontade na vida dos nossos filhos...

A cada dia nossos filhos são diferentes, diferentes do dia anterior, com toda certeza diferentes no dia seguinte.

Nosso desejo é que nossos filhos fossem iguais a Jesus:

“Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.” Lucas 2:52


Mas qual de nós entregaria um filho pela causa alheia?

“Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou... “ Romanos 8:32

Diante do destino da morte o filho de Deus foi obediente:

“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:8

Desejamos para nossa vida, para a vida de nossos filhos, que eles em todo tempo nos escutem, sendo obedientes a nossos mandamentos. Por vezes interferimos nas suas intimidades, querendo estabelecer nossa própria vontade, talvez nos espelhando em Deus cujo Filho cumpriu toda a sua vontade, assim queremos que sejam os nossos:

“Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. “ João 6:38

Deus estabeleceu os limites para Cristo, tudo foi minuciosamente escrito, para que nenhuma letra das profecias fossem alteradas. Deus estava em Cristo reconciliando o mundo, guiando o Filho contra as forças espirituais do mal, na maior das batalhas para um ser de carne, que na verdade era a exata expressão do seu ser, o resplendor da sua glória (Hebreus 1:3).

Nossos filhos são também nossa maior glória, porém, nas esquinas do pecado, alguns caminham para perdição causando dor e sofrimento. Quantos de nós desejamos trocar de lugar, diante do sofrimento dos filhos, tenho imensa certeza, que Deus sofreu a morte de cruz, sofreu até o instante em que o espírito do filho expirou.

Filhos também morrem, filhos dão alegrias, filhos fazem sofrer, o filho de Deus confiou na vontade do Pai:

“Ele nos dias da sua carne, tendo oferecido preces e súplicas com forte clamor e lágrimas ao que podia salvá-lo da morte, e tendo sido ouvido pela sua reverência, embora fosse Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem...” Hebreus 5:7 a 9

Pais também conduzem os filhos ao sofrimento, quando querem negar o seu direito a vida, escolhendo assassinar sua própria glória. Quantos pais se revoltam com seus filhos, quantos filhos viram o rosto para seus pais, quantas famílias tiveram encontro com a tragédia, foram destroçadas pela falta de conhecimento, do que representa a relação entre pais e filhos.

São também muitos pais, que defendem sua glória, não temendo entregar a si mesmo. Neste vasto mundo tantas são as histórias, envolvendo famílias de todos os povos e línguas, tristes ou alegres, todas elas são acompanhas por Jesus, o Filho amado de Deus.

Jesus também recebeu de Deus um colo, o encontro com o Pai depois da sua vitória, não ficou relatado na Escritura, nem poderia, qual o homem teria capacidade para descrever esse momento. Jesus entregou a si mesmo pela igreja, para ensinar primeiramente, como o homem deve tratar sua mulher, aquela concedida a ele para união numa só carne. Quem ama a sua mulher, recebe de Deus capacidade para ensinar seus filhos, quem ama a seu marido, tem em seu ventre o fruto do amor entre os dois, Deus a torna uma mãe sabia.

Quem desconhece o amor não honra o seu próprio corpo. No mundo conhecemos todo tipo de atrocidades, de crianças violentadas na infância, uma infância sem Deus, revela um futuro de perdição. Depois que o apóstolo Paulo descreve a relação entre Jesus e à igreja, esposo e a esposa, ele se volta para o fruto do amor dos dois, falando entre o homem e a mulher:

“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor; pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. Vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. “ Efésios 6:1 a 4

Filhos que imitam Cristo, alcançam a justiça, a promessa de uma vida abençoada. O amor de Cristo pela igreja nos adotou como filhos de Deus:


“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome...” João 1:12

Então somos filhos legítimos ou adotados?

Explicou o Espírito à igreja dos Gálatas:

Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos guardados em escravidão debaixo dos rudimentos do mundo; mas quando veio o cumprimento do tempo, enviou Deus a seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de resgatar os que estavam debaixo da Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, pai. Assim não és mais escravo, porém filho: mas se filho, também herdeiro por Deus. “ Gálatas 4:3 a 7

Outrora filhos da ira (Efésios 2:2), a graça nos adotou, agora somos filhos, que esperam a redenção definitiva se tão somente guardarmos a fé. Também nossos filhos são herdeiros, nossos e do Pai celestial, Deus enviou seu filho para liberdade, com ele devemos aprender, a maravilhosa relação entre pais e filhos.

Diz a palavra:

“Pois o Senhor castiga ao que ama, E açoita a todo o filho que recebe. É para disciplina que sofreis (Deus vos trata como a filhos); pois qual o filho a quem não corrige seu pai? Mas se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, logo sois bastardos e não filhos. “ Hebreus 12:6 a 8

Espiritualmente e carnalmente devemos instruir nossos filhos, somos para os que acreditam no Filho de Deus, membros da família de Deus:

“Assim, pois, não sois mais estrangeiros e peregrinos, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus...” Efésios 2:19

Não pertencemos a uma simples família, mas a uma família cujos profetas e apóstolo fizeram parte, nela somos edificados, crescemos para ser templos santos no Senhor, habitados por Deus em Espírito (Efésios 2:19).

Em Cristo crescemos, ele é nosso modelo celestial, nós somos modelos carnais suscetíveis a erros, todavia, em Cristo podemos chegar a perfeição, e isso é o que uma família cristã deve perserverar de geração em geração.

“E a sua misericórdia estende-se de geração em geração Sobre os que o temem. “ Lucas 1:50

Então podemos reformular a frase que dá início ao texto:

Em Cristo nossos filhos são diferentes, com toda certeza diferentes por todos os dias em que viverem.


Para a família de Deus basta a graça e o respeito.

“Mulheres, estai sujeitas a vossos maridos como convém no Senhor. Maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente. Filhos, obedecei a vossos pais em tudo, pois isto é agradável no Senhor. Pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados “ Colossenses 3:18 a 21