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No coração de Deus; nós o somos, mas por dignificação dele, não por dignidade nossa (Bernardo de Clareval)

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No coração de Deus; nós o somos, mas por dignificação dele, não por dignidade nossa (Bernardo de Clareval) Empty No coração de Deus; nós o somos, mas por dignificação dele, não por dignidade nossa (Bernardo de Clareval)

Mensagem por Admin Qua Abr 06, 2016 7:35 pm




No coração de Deus; nós o somos, mas por dignificação dele, não por dignidade nossa (Bernardo de Clareval)


“Refletindo, digo-o, de quando em quando, pela benevolência de Deus, acerca de minha alma, parece-me que nela descubro como que, por assim dizer, dois aspectos contrários. Se a contemplo segundo é ela em si e de si, nada mais verdadeiro posso dizer dela, senão que se reduz a nada. Por que se faria necessário agora enumerar-lhe as misérias, uma a uma, quão saturada está de pecados, mergulhada em trevas, enredilhada em engodos, fervilhante de concupiscências, sujeita a paixões, repleta de ilusões, propensa sempre ao mal, inclinada a todo vício, por fim plena de ignomínia e confusão? Se de fato até mesmo todos nossos próprios atos de justiça, examinados à luz da verdade, são achados como se fossem trapos imundos [Is 64.6], então o que nos haverão de reputar nossos atos de injustiça? Se a luz que há em nós são trevas, quão grandes serão as próprias trevas! [Mt 6.23]. Que diremos, pois? Sem dúvida, o homem se tornou semelhante à fatuidade [Sl 144.4]; ele foi reduzido a nada; o homem é nada.

Ora, como pode ser absolutamente nada aquele a quem Deus engrandece? Como pode ser nada aquele em favor de quem o coração divino inclinou? Cobremos alento, irmãos. Mesmo que nada somos em nosso coração, talvez algo de nós pode jazer escondido no coração de Deus, ó Pai das misericórdias, ó Pai dos miseráveis, quando para nós inclinas teu coração? Ora, teu coração está onde está teu tesouro [Mt 6.21]. Como, porém, somos teu tesouro, se nada somos? Todas as pessoas são assim diante de ti como se nada fossem; ele as considera como menos que nada [Is 40.17].

De fato, diante de ti, não dentro de ti; assim no juízo de tua verdade, não, porém, assim na inclinação da tua piedade. De fato, chamas as coisas que não são como se fossem [Rm 4.17]; portanto, não são, porque chamas as coisas que não são, e todavia são, porque as chamas. Ora, quanto a si, ainda que não sejam, em ti, contudo, são, de par com essa palavra de Paulo: ‘Não de obras de justiça, mas por aquele que chama’” [Rm 9.11].

Agora, se em uma e outra destas considerações diligentemente examinarmos o que somos, com efeito em uma quão nada somos, na outra quão magnificados somos, creio que nossa glória se mostra moderada, mas talvez é até mais incrementada, por certo mais solidificada, visto que nos gloriemos não em nós, mas no Senhor [2Co 10.17]. Realmente, assim pensamos: se Deus decretou salvar-nos, seremos de pronto libertados: já nesse fato se pode cobrar alento. Mas, ascendendo a um posto de observação mais elevado, busquemos a cidade de Deus, busquemos-lhe o templo; busquemos-lhe a morada; busquemos-lhe a esposa. Não esqueci um pelo outro; digo-o, porém, com temor e reverência: ‘Nós o somos, afirmo, mas no coração de Deus; nós o somos, mas por dignificação dele, não por dignidade nossa.’



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