Esclarecimento segundo a Bíblia sobre o tão temido "PECADO DE MORTE"

“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Salmo 1-1

Nem todo adúltero ou fornicário, comete pecado através do conselho dos ímpios, ou porquê se deteve no caminho dos pecadores, ainda, é escarnecedor da palavra de Deus. Inúmeras são as variantes, os motivos, para que alguém caia em tentação, e proceda de modo abominável aos olhos de Deus, mas, nenhum homem tem poder de sondar os corações, afirmando que alguém cometeu “pecado de morte”.

“Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.” Salmos 1-6

Deus conhece as causas, o momento, e principalmente o coração de cada homem. Ele conhece tanto o caminho do justo, quanto o caminho do ímpio. O homem julga na literalidade, através da doutrina denominacional, pela aparência “monstruosa” do pecado cometido.

O pecado de morte existe, não conforme o homem acredita, mas, para todos aqueles que não conseguem enxergar a grandeza do Evangelho. Excluir o pecador é uma forma correta, porém, não como as fantasias dos homens , mas, de acordo a verdade das Escrituras. Em que vemos o proceder de profetas e apóstolos guiados pelo Espírito de Deus, interessados na preservação da alma, e mesmo que alguém se perdesse, a palavra final pertence ao Eterno Deus, e, não do homem sujeito as mesmas paixões.

“O que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem. “ Marcos 7-21 a 23

Percebemos pelas palavras de Jesus, que todos os sentimentos perversos, procedem do interior do homem, não somente o adultério ou a fornicação. Somente um espírito aperfeiçoado, renovado, regenerado interiormente, pode se desfazer das obras da carne. Isso obviamente não impede o homem de cometer pecados ou faltas, pois, falta é um pecado, e a todos instante percebemos os homens pedindo o “perdão das suas faltas”, alertado pela sua consciência de que suas atitudes foram insensatas.

É maligno ensinar que falta não é pecado, ainda, que o batismo nos tornou santos.

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” 1 João 1- 8 a 10

A missão de Jesus foi ensinar ao mundo, não se conformar com as obras da carne, ocasionadas pela ignorância, pela iniquidade, pela enfermidade da carne, pela ofensa do homem a Deus.

“E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” 2 Cor. 5-18 e 19

Todavia, Deus conhece a nossa estrutura de pó, mesmo com a reconciliação, surgiram inúmeros problemas para os apóstolos resolverem, questões relacionadas a fornicação, ao adultério, a devassidão, os partidos, a idolatria, a maledicência, a inveja, a glutonaria, a bebedice, a inveja, a dissensão na igreja, a blasfêmia, etc...

Paulo declarou a igreja de Corinto, com relação ao abuso de um homem, para com a própria mulher de seu pai: “Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus.” 1 Cor. 5-4 e 5

Não podemos indicar o nível deste pecado, possivelmente se deitar com a mulher do próprio pai, foi algo abominável aos olhos de Deus, todavia, percebemos a atitude de Paulo em justificar o pecador, para que esse padecendo grandemente na carne, ainda pudesse ser salvo no tempo do fim.

No escritos de Paulo, ele não faz menção ao “pecado de morte”, o apóstolo faz questão de deixar claro, que todos os pecados são iguais, sendo todos obras da carne. Em dado momento, ele justifica a igreja de Corinto(1 Cor. 6-18), que a prostituição do corpo aniquila a ação do Espírito Santo, e impede o nosso culto racional a Deus, por isso a orientação “Fugi da prostituição”, e o conselho para que unamos o nosso espírito com o Espírito de Deus.

Paulo iguala todos os pecados, e indica que aqueles que continuarem executando obras da carne, sem que haja arrependimento, sem renovação, sem regeneração, sem consciência, sem ao menos tentar andar em retidão, jamais poderão herdar o reino dos céus.

“Ora as obras da carne são manifestas, as quais são: a fornicação, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e outras coisas semelhantes, contra as quais vos previno, como já vos preveni, que os que tais coisas praticam, não herdarão o reino de Deus.” Galatas 5- 19 a 21

Assim, percebemos que todo o pecado—não somente o adultério, fornicação ou prostituição— cometido indiscriminadamente pode prejudicar o processo de salvação.

O problema é que o líder religioso, quer agir conforme a autoridade do apóstolo e não conforme a orientação de Deus. Mas, os apóstolos não agiram conforme a guia de Deus?

Sim! Eles agiram conforme a guia de Deus, e deixaram os seus ensinos, porém, nos tempos modernos não existe apóstolo, portanto, é relevante não julgar segundo a aparência o pecado de outrem.

O apóstolo João menciona o tal “pecado para morte”,então, o que torna um pecado tão abominável aos olhos de Deus?

“Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniqüidade é pecado, e há pecado que não é para morte. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. “ 1 João 5- 16 a 18

A sintonia da palavras dos apóstolos é impressionante e magnífica, João afirma o mesmo contexto de Paulo, que iniquidade é pecado, existindo vida para aquele que pecou eventualmente. Deixemos claro, que após o batismo estamos sujeito a imundícia da carne, a diferença, é que o sangue de Cristo, atua de maneira milagrosa e interiormente junto a nossa consciência, nos livrando das armadilhas da carne.

“Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo” 1 Pedro 3.21 e

Retornando a referência ao pecado de morte, é algo que nos remete ao Salmo de Davi, e colocado no princípio do texto. Aquele que não se arrepender, que escutar o conselho dos ímpios, permanecer no caminho dos pecadores ou escarnecer do Espírito Santo de Deus, infelizmente, estará em condições de ser condenado, pior, para aqueles que conheceram a verdade, e, resolveram retornar ao antigo estado.

“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo. E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” Hebreus 6-4 e 6

Deus orienta que vivamos como filhos obedientes, como santos, ou seja, que a vida e o sofrimento de Cristo seja manifestado em nossas vidas, para que possamos derrotar as aflições e as tentações impostas pela carne. Porém, julgar que alguém pecou de morte, é um assunto, que o corpo ministerial de denominação alguma, inclusive a ccb, tem conhecimento verdadeiro, claro, sem generalização.

A ccb retira a liberdade, e durante anos essa perda da liberdade, foi denominada como “pecado de morte”, hoje, começam a florescer pensamentos contrários. Evidente que não importa a liberdade numa denominação, o privilégio de estar no meio de uma comunidade religiosa, cantar, orar, testemunhar, importa estar livre para com Deus e compreender os desígnios do Todo-poderoso.

Espero ter auxiliado na compreensão das invencionices denominacionais e do que realmente está tratando a maravilhosa palavra de Deus.

O apóstolo Paulo, não desejou que alguém fosse reprovado, o poder de Deus na sua autoridade apostólica, sempre foi para edificação, confome consta em suas cartas a diversas igrejas.

“Portanto, escrevo estas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação, e não para destruição.” 2 Cor. 13-10

Aos homens devemos o respeito, a Deus...o julgamento.

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que {tiver feito} por meio do corpo, ou bem ou mal. “ 2 Cor. 5-10