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A visão de um homem na Macedônia: “Ajuda-nos”
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A visão de um homem na Macedônia: “Ajuda-nos”
"Somente portai-vos duma maneira digna do Evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos, ou estando ausente, eu ouça dizer de vós que permaneceis em um só espírito, lutando com uma só alma pela fé do Evangelho; e que em nada estais atemorizados pelos vossos adversários, o que para eles é uma prova de perdição, mas para vós de salvação, e isto da parte de Deus. Pois vos foi concedido por amor de Cristo, não somente o crer nele, mas ainda o padecer por ele, sofrendo o mesmo combate que vistes em mim, e agora ouvis que está em mim. " Filipenses 1:27-30
A cidade de Filipos – era capital da província romana Macedônia, localizada em território que hoje pertence a Grécia.
O apóstolo Paulo teve uma visão de um homem na Macedônia, que achava-se em pé, rogando por ajuda (Atos 16:9), imediatamente ele procurou partir, concluindo que era uma convocação de Deus para a pregação do evangelho naquela localidade (Atos 16:10).
“Tendo, pois, navegado de Trôade, fomos em direitura a Samotrácia, no dia seguinte a Neápolis, e dali a Filipos, cidade da Macedônia, primeira do distrito, e colônia. Nesta cidade ficamos alguns dias. “ Atos 16:7-12
Foi nessa localidade que ocorreu a conversão de Lídia, a ajuda do Espírito chegou com grande poder, o Senhor abriu o coração dessa escolhida, para entender o que dizia Paulo (Atos 16:14), não somente Lídia, também outra mulheres foram batizadas (Atos 16:15), tamanha era a alegria espiritual, Lídia rogou a Paulo, que se ele julgasse ser ela mesmo uma crente no Senhor, que ele e seus companheiros entrassem em sua casa, ficando ali instalados, tudo isso revelava a unidade divina em Filipos. Ali não houve somente conversões, uma mulher também foi liberta de um espírito adivinhador (Atos 16:18), depois de tantos anos aprisionada pelo diabo, ao NOME de Jesus o espírito saiu na mesma hora. Ali também Paulo foi lançado na prisão (in)justamente por soltar uma alma dos laços do diabo. Diante das autoridades romanas, foram apresentando como os judeus que estavam perturbando a cidade, uma grande multidão se revoltou contra os apóstolos, rasgaram suas roupas, bateram neles com varas, depois de muitos açoites, jogaram-nos na prisão, guardados com toda segurança, como se fossem pessoas de alta periculosidade (Atos 16:23). O segurança da prisão tratou-os com indiferença, Paulo e Silas não temeram o que pudesse acontecer, cantaram, oraram ao Senhor, com os outros presos ouvindo os hinos, aquele era um momento especial para cada um deles, uma alívio para alma, realmente temos que relembrar, que Paulo estava ali por uma visão recebida de Deus, ele e seu companheiro estavam ali, para apascentar as ovelhas do Senhor, ele estava para atender o pedido de um homem que na visão rogou: “ajuda-nos”.
O grande terremoto:
“Subitamente houve um grande terremoto, de modo que foram abalados os alicerces do cárcere; logo se abriram todas as portas, e foram soltas as correntes de todos. “ Atos 16:26
Quando o segurança percebeu o abalo do terremoto, lembrou dos maus homens, que pediram que guardassem Paulo e Silas em segurança, tirou a espada desejando a morte, supondo que os presos haviam fugido (Atos 16:27). Ouviu então a voz de um servo de Deus, clamando para que não fizesse mal a si mesmo, nenhum preso havia fugido, inclusive os que escutaram Paulo e Sila cantando e orando ao Senhor. Com uma luz entrou depressa na prisão, ainda estava tremendo quando se lançou aos pés de Paulo e Silas (Atos 16:29). Já fora da prisão impelido pelo Espírito perguntou: “... que me é necessário fazer para me salvar?”, ouvindo como resposta: “crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa”, os apóstolos anunciaram a palavra de Deus, todos os que estavam em sua casa ouviram o evangelho. Em gratidão, naquela mesma hora, o segurança lavou as feridas dos servos do Senhor, “... e foi logo batizado, ele e todos os seus. “ (Atos 16:33)
Com a mesma alegria de Lídia, deu comida aos apóstolos, alegre por ter crido em Deus. De manhã os magistrados mandaram que os soltassem, Paulo como cidadão romano não aceitou, ordenou que eles viessem ali para soltá-los, eles temeram por não saber da cidadania do apóstolo. Procuraram de todo modo promover uma conciliação, pedindo que se retirassem da cidade, ao que Paulo e Silas aceitaram, não sem antes entrarem pela última vez em casa de Lídia, “...vendo os irmãos, consolaram-nos e partiram. “ (Atos 16:40).
A ajuda do Espírito se manteve a comunidade de Filipos, através das palavras do apóstolo, como instruções divinas para manutenção da comunhão em Cristo.
“Em todas as minhas orações em favor de vocês, sempre oro com alegria por causa da cooperação que vocês têm dado ao evangelho, desde o primeiro dia até agora. Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. “ Filipenses 1:4-6
Consta que Paulo estava aprisionado, quando escreveu tão belíssimas palavras, entre 54 A.D. (Moody), cabe aqui o destaque que alguns concedem, não sem razão, a menção de Paulo: “...agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês”(Filipenses 1:3), refletindo o nível da sua intimidade com o Pai.
“Sofrer por Cristo é um favor especial de Deus. A afeição de Paulo tinha origem divina; na verdade, era o próprio Cristo que habitava nele,que amava por intermédio dele (cons. Gl. 2:20). Paulo não amesquinhava o entusiasmo da afeição deles mas orava para que o seu amor abundasse mais e mais em pleno conhecimento e percepção moral. O amor tem de compreender com exatidão e aplicar a verdade com discriminação, e bom senso ético. Toda percepção. Discernimento para todo tipo de situações.” (Moody)
Tudo isso efeito do Espírito Santo, do homem que rogou por ajuda, de uma visão que Paulo acreditou ser de Deus, sendo com toda a verdade. A prisão do apóstolo motivou os irmãos, a pregarem mais avidamente a palavra de Deus, o grande detalhe, que até mesmo a guarda do palácio do governador da época, também tomou ciência do evangelho (Filipenses 1:13-14). Evidente, existem diferenças na pregação do evangelho, Paulo adiantou que seja por inveja ou rivalidade, os verdadeiros irmãos estavam fazendo de boa vontade, sabendo que seu “pai” no evangelho estava aprisionado, mas nem por estar numa condição adversa, estava impedido de defender o evangelho.
Nenhuma atitude egoísta seria uma afronta ao apóstolo, nenhum dano seria causado a sua crença enquanto estava preso (Filipenses 1:17), nenhuma rixa dentro da igreja poderia afetar o íntimo do profeta.
“Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Pelo contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida quer pela morte; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.” Filipenses 1:20-21
Na prisão o depósito da fé despontou como o sustento de Paulo, não importava a situação em que seu corpo ficasse exposto, Jesus Cristo sempre seria exaltado. Se vivo, o incansável trabalho em defesa do evangelho era de suma importância, se morto, seu encontro com Cristo já estaria consumado, ele já não sabia o que escolher, “...contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo” (Filipenses 1:22-26). O Espírito dentro dele já o convencia, de que permanecendo e continuando com a igreja, ajudaria ainda mais no progresso de aperfeiçoamento.
Paulo era um elemento essencial a toda comunidade, como outros companheiros seus também o foram, a simples presença deles, regozijava a igreja, porque deles somente transbordava a presença do Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo.
A luta contra o paganismo (religião dos que adoram vários deuses), é um tema destacado, os felipenses deveriam se portar dignamente em relação ao evangelho de Cristo, nem sempre Paulo estaria por perto, logo, presente ou ausente, ele queria ouvir notícias, de que a igreja permanecia em um só ESPÍRITO, “...lutando com uma só alma pela fé do Evangelho”, vivendo não com medo dos opositores, o evangelho para alguns prova-se uma perdição, para os escolhidos é tão somente a salvação da parte de Deus.
A concessão pela graça, o direito, a liberdade, a vocação:
“Pois vos foi concedido por amor de Cristo, não somente o crer nele, mas ainda o padecer por ele, sofrendo o mesmo combate que vistes em mim, e agora ouvis que está em mim. “ Filipenses 1:-30
Quem não crê não sofre por uma causa, quem acredita na causa, combate, padece por acreditar naquilo que não se vê. O comportamento de Cristo contagiou Paulo, o comportamento de Paulo andando conforme um vaso escolhido, contagiava pessoas por onde quer que ele passasse, não era de si mesmo, ele era enviado de Deus, sua conclusão sempre esteve certa.
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