Marcada primeira canonização de um SANTO da Congregação Cristã no Brasil

Canonização é o ato de reconhecer um santo, ou propriamente, um mártir.

Canonizar um suposto "santo" não faz parte de uma doutrina, pode ser denominada uma práxis religiosa, ou na minha linguagem, uma determinação humana, de considerar que alguém está no céu intercedendo por outros na terra. Canonizar não é fazer alguém virar santo, o fulano já é santo, a canonização serve apenas, para o "santo" poder receber de toda a igreja, uma veneração pública e universal.

Um dos primeiros "santos" da igreja, no caso o apóstolo Pedro, já eram cultuado popularmente, só que na doutrina de Cristo, e nos primórdios da Igreja, não havia um processo formal de reconhecimento dos santos, confirmando portanto, que tudo não passa de uma invenção humana.

Obviamente Deus ordenou aos levitas:

"Consagrem-se, porém, e sejam santos, porque eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Obedeçam aos meus decretos e pratiquem-nos. Eu sou o Senhor que os santifica. " Levítivo 20-7 e 8

Por isso Pedro não ousou mudar o que disse Deus:

"Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo. " 1 Pedro 1-15 e 16

Realmente está escrito para sermos santos, pessoas dedicadas em obedecer a Deus, assim, conforme o modelo de Cristo, em total submissão, crucificando a nossa carne, para vivermos conforme o ensino do Espírito de Deus.

No entanto, os líderes religiosos, querem forçar o rebanho a uma falsa santidade. O nível de influência de um líder, é avaliado de acordo o seu dom superior — igreja cheia, dom superior — e assim, confirmamos que quase sempre o "santo de casa não faz milagres".

Na Congregação é comum tal prática de encher a igreja, ou esvaziar a igreja, considerando o "santo" que está no púlpito. Não sei se a falha está do púlpito para frente, ou o contrário. Mas, o fato é que fica tão evidenciada a consideração, pelas decisões tomadas pelo "alto clero" (o santo ministério), pelo seu poder, pelo seus "milagres" realizados e concedidos perante a irmandade, que falta pouco para se cumprir o título desse texto. Na congregação não é necessário perecer para ser santo, desse modo — vivo — a facilidade de interceder é maior, se colocando inclusive, acima do Espírito Santo.

A grande contradição, é que ninguém jamais subiu aos céus..."a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem"( João 3-13), logo, não existem muitos santos a direita de Deus, mas, apenas um único mediador: o homem Cristo Jesus. O qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. (Timóteo 2-5 e 6)

Então, essa mania de cultuar popularmente um homem, sujeito as mesmas paixões, faz parte dos costumes das religiões, e assim, também está no rol da Congregação Cristã. Paulo e Barnabé rasgaram suas vestes, quando em uma cidade foram considerados deuses ou santos:

" Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões " Atos 14 – 15

Declarando a todos os ouvidos, como dizendo: “Acorda moçada! nós também somos seres humanos, e não estamos acima de vocês, estamos a favor de vocês, pregando as boas novas de Cristo.”

Cuidadosamente Jesus declarou:

" Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês". Mateus 5-48

Pessoas justas sempre existiram (e existem), sejam homens ou mulheres, deixando claro para todos nós, que a mensagem de Jesus é verdadeira.

Todavia, os "santos do pau oco" nunca foram extintos...