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A História de Moisés - Capítulo 5 (Gregório de Nissa - Ano 300)
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A História de Moisés - Capítulo 5 (Gregório de Nissa - Ano 300)
Capítulo 5
Junto com este prodígio observava-se outro. Todos os que haviam saído para a coleta eram evidentemente diferentes em idades e forças. Não obstante, não obtinha um mais e o outro menos conforme a diferença de forças existente entre eles, mas o que era recolhido era proporcional à necessidade de cada um, de forma que nem o mais forte conseguia mais, nem o mais fraco tinha menos do que a medida justa. Alem deste prodígio, a história narra outro: cada um recolhia para o dia e não guardava nada para depois, e se alguém, por economia, reservava algo do alimento do dia para o amanhã, o reservado se tornava inútil para a alimentação, pois se tornava infectado de bichos (Ex 16, 16 –24). Na história desse alimento deu-se também este outro prodígio. Uma vez que um dia da semana era celebrado com o descanso conforme uma disposição antiga, no dia anterior, embora caísse o mesmo alimento dos dias precedentes e o esforço de quem o recolhia fosse também o mesmo, resultava que a quantidade era o dobro da habitual, de forma que não tinham nenhum pretexto para não cumprir a lei do descanso. O poder divino se mostrou ainda mais plenamente nisto; enquanto as sobras se tornavam inúteis nos outros dias, só o armazenado no dia anterior ao Sábado, assim se chamava o dia de descanso, se mantinha sem corrupção, de modo que em nada parecia mais estragado em relação à véspera (Ex 16, 25- 30). Houve uma guerra deles contra um povo estrangeiro. A narração chama amalecitas aos que se uniram então contra eles. Foi naquela ocasião que os israelitas se organizaram pela primeira vez no sentido de batalha: não foram lançados à luta todos em um exército completo, mas foram selecionados por seu valor, e os escolhidos foram designados para a peleja. Nesta peleja Moisés mostrou uma nova forma de luta: enquanto Josué, que era quem guiava o povo depois de Moisés, comandava a batalha aos amalecitas, Moisés, fora da luta, a partir de uma colina, olhava para o céu enquanto, de um lado e de outro, o assistiam dois de seus familiares (Ex 17, 8-10). Sabemos pela história que, entre as coisas que então aconteceram, teve lugar este prodígio: Se Moisés mantinha as mãos elevadas ao céu, seu exército cobrava forças contra os inimigos: porem, se os abaixava, também o exército cedia ao assalto dos estrangeiros. Ao perceberem isto, os que assistiam a Moisés, colocando-se de um lado e de outro, sustentavam-lhe as mãos quando por alguma causa desconhecida elas se tornavam pesadas e difíceis de se mover. E como eles eram fracos para mantê-lo em posição ereta, escoraram sua posição com uma pedra, e conseguiram que Moisés mantivesse as mãos levantadas ao céu com este apoio. Feito isto, os estrangeiros foram dominados pelas forças dos israelitas (Ex 17, 11-13). A nuvem que guiava o caminhar do povo permanecia no mesmo lugar; era preciso que também não se movesse o povo, já que não havia guia para seu caminhar. Desta forma tinham abundância para viver sem esforço: acima o ar fazia chover sobre eles um pão preparado; e abaixo a pedra lhes proporcionava água; a nuvem aliviava os inconvenientes do ar livre, pois durante o dia se convertia em anteparo contra o calor do sol e durante a noite dissipava a escuridão iluminando com seu fogo. Por esta razão não lhes era penoso deter-se naquele deserto ao pé do monte em que se havia instalado o acampamento.
Junto com este prodígio observava-se outro. Todos os que haviam saído para a coleta eram evidentemente diferentes em idades e forças. Não obstante, não obtinha um mais e o outro menos conforme a diferença de forças existente entre eles, mas o que era recolhido era proporcional à necessidade de cada um, de forma que nem o mais forte conseguia mais, nem o mais fraco tinha menos do que a medida justa. Alem deste prodígio, a história narra outro: cada um recolhia para o dia e não guardava nada para depois, e se alguém, por economia, reservava algo do alimento do dia para o amanhã, o reservado se tornava inútil para a alimentação, pois se tornava infectado de bichos (Ex 16, 16 –24). Na história desse alimento deu-se também este outro prodígio. Uma vez que um dia da semana era celebrado com o descanso conforme uma disposição antiga, no dia anterior, embora caísse o mesmo alimento dos dias precedentes e o esforço de quem o recolhia fosse também o mesmo, resultava que a quantidade era o dobro da habitual, de forma que não tinham nenhum pretexto para não cumprir a lei do descanso. O poder divino se mostrou ainda mais plenamente nisto; enquanto as sobras se tornavam inúteis nos outros dias, só o armazenado no dia anterior ao Sábado, assim se chamava o dia de descanso, se mantinha sem corrupção, de modo que em nada parecia mais estragado em relação à véspera (Ex 16, 25- 30). Houve uma guerra deles contra um povo estrangeiro. A narração chama amalecitas aos que se uniram então contra eles. Foi naquela ocasião que os israelitas se organizaram pela primeira vez no sentido de batalha: não foram lançados à luta todos em um exército completo, mas foram selecionados por seu valor, e os escolhidos foram designados para a peleja. Nesta peleja Moisés mostrou uma nova forma de luta: enquanto Josué, que era quem guiava o povo depois de Moisés, comandava a batalha aos amalecitas, Moisés, fora da luta, a partir de uma colina, olhava para o céu enquanto, de um lado e de outro, o assistiam dois de seus familiares (Ex 17, 8-10). Sabemos pela história que, entre as coisas que então aconteceram, teve lugar este prodígio: Se Moisés mantinha as mãos elevadas ao céu, seu exército cobrava forças contra os inimigos: porem, se os abaixava, também o exército cedia ao assalto dos estrangeiros. Ao perceberem isto, os que assistiam a Moisés, colocando-se de um lado e de outro, sustentavam-lhe as mãos quando por alguma causa desconhecida elas se tornavam pesadas e difíceis de se mover. E como eles eram fracos para mantê-lo em posição ereta, escoraram sua posição com uma pedra, e conseguiram que Moisés mantivesse as mãos levantadas ao céu com este apoio. Feito isto, os estrangeiros foram dominados pelas forças dos israelitas (Ex 17, 11-13). A nuvem que guiava o caminhar do povo permanecia no mesmo lugar; era preciso que também não se movesse o povo, já que não havia guia para seu caminhar. Desta forma tinham abundância para viver sem esforço: acima o ar fazia chover sobre eles um pão preparado; e abaixo a pedra lhes proporcionava água; a nuvem aliviava os inconvenientes do ar livre, pois durante o dia se convertia em anteparo contra o calor do sol e durante a noite dissipava a escuridão iluminando com seu fogo. Por esta razão não lhes era penoso deter-se naquele deserto ao pé do monte em que se havia instalado o acampamento.
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