“Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou! "

"Eu não aceito glória dos homens, mas conheço vocês. Sei que vocês não têm o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vocês não me aceitaram; mas, se outro vier em seu próprio nome, vocês o aceitarão. Como vocês podem crer, se aceitam glória uns dos outros, mas não procuram a glória que vem do Deus único? "Contudo, não pensem que eu os acusarei perante o Pai. Quem os acusa é Moisés, em quem estão as suas esperanças. Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Visto, porém, que não crêem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo? " (João 5:41-47)

Seja glorificado o Nome de Deus. Só entendemos o que é amor, quando conseguimos enxergar o Cristo crucificado. No Gólgota não houve nenhuma glória humana, cremos que ali apenas os anjos pairavam sobre o Filho de Deus, enquanto ele recebia sobre si todo o ódio do mundo.

Ele não poderia mesmo aceitar qualquer glória dos homens, ele conhecia bem o interior daqueles que afirmavam amar seu Pai. Eles acenavam amar Deus sobre todas as coisas, quando na verdade não conseguiam enxergar Deus em Cristo. Moisés enxergou Jesus quando se encontrou com Deus, ele não viu no Egito, nem no descanso temporário, algo em que pudesse realmente se agarrar, ele sempre esperou a salvação que viria do alto.

Nele havia o amor de Deus, amor que não havia naqueles homens, que estavam procurando matar Jesus. Triste para um homem não ter o amor de Deus, ser conhecido que nele não existe o que é primordial, o amor. Não, o Filho não poderia aceitar glória alguma, ele veio para apresentar a glória, não para recebê-la. Com toda a submissão, seu grande poder, era capaz de sondar o interior de cada um que estava ali, dizendo servir o Deus de Moisés com toda dignidade, sem saber que Moisés servia a Deus como servo, esperando o dia que enfim o herdeiro seria apresentado ao mundo.

Homens querem glória de outros homens, o reconhecimento da carne não é nada. Jesus se esvaziou dessa glória, o importante era a morte de cruz, sem ela tudo o que fizesse, seria em vão se não fosse para glória de Deus. Não buscava glória para si mesmo (João 8:50), que obediência impar que aqueles não entendiam.

Importa o amor do Senhor que qualquer outra coisa, se algo é mais atraente que esse amor, não temos o amor de Deus. Isso não quer dizer que não temos que lutar, contra tantos sentimentos que procuram abalar nosso espírito, colocando nosso coração contra Deus. Vigiemos todo instante, procurando informações verdadeiras, como melhor agradar o Senhor, homem nenhum pode tomar a glória de Deus.

Cristo não veio em nome de algum homem, veja quantos declaram falar em nome dele. Cabe provar se realmente aquele que afirma, fala realmente em nome de Jesus, porque ele nunca falou alguma coisa, se não aquilo que o Pai concedia que ele falasse. Os opositores não queriam aceitar, que Jesus havia vindo em nome do Pai, o mesmo Deus que eles serviam. Não aceitavam a intimidade de Jesus chamar Deus de Pai, tão terrível era a oposição, que se alguém viesse em seu próprio nome, eles facilmente aceitariam, agora por ele declarar estar ali em nome do Pai ouvia todo tipo de blasfêmia.

Quando estava na cruz sofreu todo tipo de insulto, balançavam a cabeça desdenhando do Filho de Deus, “desça da cruz, se é Filho de Deus!” (Mateus 27:40), graças ao bom Deus, Jesus foi perseverante, porque ouvir algo tão afrontoso, somente para um espírito manso como o dele. Chefes dos sacerdotes, mestres da lei, líderes zombaram dele, “salvou os outros, não não é capaz de salvar a si mesmo”, “se é o rei de Israel, desça da cruz, só assim vamos crer” (Mateus 27:42), blasfemavam inclusive do próprio Deus, dizendo que se confiou em Deus, que Deus o salvasse tendo compaixão, pois ele havia dito: “Sou o Filho de Deus! " (Mateus 27:43).

Meus Deus, realmente emociona nossa alma, pensar o quanto Jesus nos amou, estando naquela situação tão degradante. Ali estava uma corja de incrédulos, que sustentavam seus egos glorificando a si mesmos, sem que procurassem a glória que vinha de Deus, a única que realmente vale alguma coisa. Exatamente isso Jesus veio ensinar, a humanidade a buscar a glória de Deus, não a glória dos homens.

Devem ter se assustado quando Jesus afirmou, que não seria ele, a acusação contra eles viria exatamente de Moisés, em quem eles depositavam as esperanças. Moisés o servo do Deus Altíssimo depositava suas esperanças em Cristo, eles depositavam a confiança em Moisés, não aceitando o Cristo que o guia de Israel aceitou por fé.


“Por amor de Cristo, considerou a desonra riqueza maior do que os tesouros do Egito, porque contemplava a sua recompensa.” (Hebreus 11:26)

Moisés tendo a confiança que o povo creria, escreveu a respeito de Cristo, eles desconsideram seus escritos. Jesus sempre respondeu que Deus é quem o glorificava (João 8:54), eles batiam no peito dizendo conhecer a Senhor, mas não conheciam em Jesus o Filho, nem guardavam a sua palavra. Até mesmo Abraão “regozijou-se” com Cristo (João 8:56), ao que eles não entendendo perguntaram com ignorância “você ainda não tem cinqüenta anos, e viu Abraão? " (João 8:57), ela aumentou ainda mais, quando ouviram a resposta “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou! " (João 8:58), então não tendo o diabo como contestar a autenticidade daquele que falava, induziu-os a pegaram em pedras para apedrejá-lo (João 8:59).

Incapazes de crerem na verdade. Se não creram no que estava escrito, não poderiam crer nas palavras que eram ditas. Se não creram numa profecia, não poderiam crer ao vivo. Aqui estava a prova da recusa em receber o amor de Deus.

“Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele...” (1 João 2:5)