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Nunca! Nunca! Nunca!
NOVAS CRIATURAS :: DEBATES :: TEXTOS (EVANGELISTAS, PREGADORES, TEÓLOGOS, COMENTARISTAS BÍBLICOS, OUTROS)
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Nunca! Nunca! Nunca!
Manhã de Domingo, 26 de outubro de 1862
Por Charles Haddon Spurgeon
No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.
“Porque Ele disse: Não te desampararei, nem te deixarei.” Hebreus 13:5.
“Ele mesmo disse: Nunca te deixarei nem te desampararei.” Hebreus 13:5.
Em “assim disse Jeová” reside um grande poder. O homem que pode empunhar, mediante a fé, esta espada: “Porque Ele disse”, tem em sua mão uma arma que vence tudo. Existe alguma dúvida que não possa ser eliminada por esta espada de dois gumes? Qual medo não cairá aniquilado com uma ferida mortal proporcionada por esta flecha saída do arco do pacto de Deus? Se podemos nos apoiar no baluarte “porque Ele disse”, acaso as tribulações da vida e as agonias da morte não parecerão apenas leves aflições? E não acontecerá exatamente o mesmo com as corrupções internas e com as tentações externas, com as tribulações que provêm do alto e com as tentações que surgem de baixo? Seja para encontrar deleite em nossa quietude ou para receber fortaleza em nosso conflito, “porque Ele disse” há de ser nosso refúgio cotidiano.
Daqui devemos aprender, irmãos meus, o valor extremo de analisar as Escrituras. Pode haver uma promessa na Palavra que se adapte exatamente ao seu caso, mas você pode desconhecê-la e perder, assim, o seu consolo. Vocês são como prisioneiros reclusos em um calabouço, e poderia haver uma chave no molho que abriria a porta para deixá-los em liberdade; mas se não a buscassem, seguiriam sendo ainda prisioneiros mesmo que a liberdade estivesse ao alcance da mão. Na grande farmácia da Escritura, poderia estar disponível um remédio potente, mas vocês continuariam doentes ainda que ali estivesse precisamente o remédio que curaria sua doença, se vocês examinassem e estudassem as Escrituras para descobrir o que “Ele disse”.
Além de ler a Escritura, não deveríamos permear ricamente nossas memórias com as promessas de Deus? Podemos lembrar os ditos dos grandes homens e valorizar os versos de poetas renomados; não deveríamos ser profundos em nosso conhecimento das palavras de Deus? As Escrituras deveriam ser os clássicos do cristão, e assim como nossos oradores citam Homero, Virgílio e Horácio quando querem corroborar um ponto, assim deveríamos ser capazes de citar as promessas de Deus quando quiséssemos resolver alguma dificuldade ou solucionar alguma dúvida. “Porque Ele disse” é o fundamento de todas as riquezas e a fonte de toda consolação; então, que a Palavra repouse em vocês ricamente como “uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
E, oh, irmãos meus, quão diligentemente deveríamos provar as Escrituras! Além de estudá-las – lendo-as e gravando-as em nossa memória – deveríamos prová-las mediante a experiência, e sempre que comprovássemos que uma promessa é verdadeira, deveríamos identificá-la como um sinal e anotar que nós também concordamos com o que disse alguém na antiguidade: “Ela é meu consolo em minha aflição, porque sua palavra me vivifica”. “Aguarde ao SENHOR”, diz o Salmista, e logo acrescenta: “Sim, espera ao SENHOR”, como se sua própria experiência o conduzisse a fazer eco à voz de Deus para seus ouvintes. Experimenta a promessa, apresenta o cheque de Deus no mostrador e registra que foi mudado. Usa a alavanca que Ele dá para levantá-lo das suas tribulações e comprove que possui um poder real. Mergulhe esta árvore divina nas águas amargas de seu mar e aprenda como adoçá-las. Tome este sal, e lança-o nas turvas águas e ateste que são purificadas, assim como ficaram puras as águas de antanho pelo profeta Eliseu. “Provai, e vede que Jeová é bom, pois nada falta aos que O temem”.
Vocês notarão que, à semelhança de seu Mestre, os apóstolos costumavam recorrer às citações. Eram homens inspirados que poderiam utilizar palavras novas, contudo, como um exemplo para nós, preferiam citar estas palavras: “Porque Ele disse”. Façamos o mesmo, pois, ainda que as palavras dos ministros pudessem ser doces, as palavras de Deus são mais doces; e ainda que os pensamentos originais pudessem ter a novidade do frescor, contudo, as antigas palavras de Deus têm o tinir, o peso, e o valor de antigas e preciosas moedas que não serão encontradas deficientes no dia em que nós as usemos.
Com base no nosso texto parece que “Porque Ele disse” não é somente útil para afugentar dúvidas, temores, dificuldades e demônios, mas que também nutre todas as nossas graças. Vocês percebem que quando o apóstolo nos exorta a ter contentamento, diz: “Contentes com o que têm agora; porque Ele disse”; e quando nos motiva a estar confiantes e a ser valentes, diz assim: “Porque Ele disse, portanto, nós podemos dizer confiantemente: o Senhor é meu ajudador; não temerei o que me pode fazer o homem.” Quando o apóstolo quer nutrir a fé, o faz citando a Escritura os exemplos de Abraão, de Isaque, de Jacó, de Moisés, de Gideão, de Baraque e de Jefté. Quando Tiago quer nutrir nossa paciência, diz: “Vocês ouviram sobre a paciência de Jó”; ou se se trata da nossa prática de oração, diz: “Elias era um homem sujeito a paixões semelhantes às nossas, e orou e venceu”. “Porque Ele disse” é alimento para toda graça assim como morte para todo pecado. Aqui vocês têm uma nutrição para o bem, um veneno para o mal. Estudem, então, as Escrituras, pois assim vocês se desenvolverão sãos, fortes e vigorosos na vida divina.
“A alma que se tem apoiado em Jesus
Em busca de repouso,
Eu não a abandonarei,
Não a abandonarei a seus inimigos;
Ainda que todo o inferno procure possuir
Essa alma,
Eu nunca, não, nunca,
Não, nunca a abandonarei.”
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO USE ESSE SERMÃO PARA EDIFICAÇÃO DE MUITOS E SALVAÇÃO DE PECADORES.
FONTE
Traduzido de http://www.spurgeon.com.mx/sermon477.html
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