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A verdadeira história do início da obra de Deus no Brasil: Assembléia Christã no Brasil (hoje denominada CCB)

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A verdadeira história do início da obra de Deus no Brasil: Assembléia Christã no Brasil (hoje denominada CCB) Empty A verdadeira história do início da obra de Deus no Brasil: Assembléia Christã no Brasil (hoje denominada CCB)

Mensagem por Admin Sex Ago 09, 2013 8:56 pm



INICIO DA OBRA DE DEUS NO Brasil

ASSEMBLÉIA CHRISTÃ DO BRASIL (Hoje denominada C.C.B. )

Em 08 de março de 1910, o Senhor determinou que LOUIS FRANCESCON e Giácomo Lombardi partissem da Argentina para São Paulo- Brasil. O ano era 1910, a Estação da Luz, recebia centenas de pessoas diariamente, a maioria oriunda do Porto de Santos, imigrantes que viam no Brasil oportunidades não existentes em seus países de origem. Vieram para substituir os escravos que, poucos anos antes, a princesa Izabel libertara. Além de asiáticos, vieram muitos europeus, especialmente italianos, e neste grupo se instalará a primeira igreja pentecostal em solo brasileiro.

Conforme relato do próprio LOUIS FRANCESCON, ao chegarem ao Jd. Da Luz, (Estação da Luz) Encontraram um italiano por nome de Vicenzo Piovani, este era um ateu, e morava no Paraná, precisamente em Sano Antônio da Platina. Ali este homem foi evangelizado por nossos irmãos. Permaneceram ali em São Paulo até 18 de abril, quando então o irmão Giácomo Lombardi retornou para Buenos Aires na Argentina, enquanto LOUIS FRANCESCON viajava para Santo Antônio da Platina, para visitar Vicenzo Piovani. Esta viagem LOUIS FRANCESCON contou com detalhes em seu relato escrito em março de 1942. Como segue:

___ Para ir ao lugar que o Senhor me ordenara, eu não tinha nenhum endereço a não ser o seguinte: Vicente Piovani, Sto. Antônio da Platina - Paraná. Havia uma estrada de ferro que levava ao sul daquele Estado, porém, Sto. A da Platina achava-se ao norte e distante mais de 200 km da estação mais próxima. Meu coração duvidava em tomar aquela estrada, porém me senti de ir à estação e consultar um mapa. E o Espírito Santo me indicou a tomar a estrada de Ferro Sorocabana que percorria o Estado de São Paulo, passando perto do norte do Estado do Paraná e sua última estação era Salto Grande.

Parti de São Paulo às 5,30 horas com uma terrível dor lombar que me impediu de tomar alimento durante todo aquele dia. Cheguei a Salto Grande às 23 horas e nesse lugar o Senhor me disse Ter preparado tudo para mim, a fim de cumprir minha missão; e assim aconteceu, porém faltavam fazer cerca de 70 km a cavalo, atravessando matas virgens infestadas de jaguaras e outras feras existentes no lugar. Pela graça de Deus, fiz este resto de viagem com um guia indígena, chegando em Sto. Antônio da Platina em 20 de abril.

Outra dificuldade que encontrei foi não conhecer uma palavra do idioma português e achar-me sem dinheiro e doente; Deus, porém, que tem todos os corações em Suas mãos, me fez ver a primeira maravilha. Ao chegar àquele local encontrei na janela a esposa do italiano Vicenzo Piovani tendo o Senhor lhe dito: "EIS O HOMEM QUE EU VOS ENVIEI". (Note-se que eu não era lá esperado). Assim, fui recebido em sua casa e poucos dias depois, o Senhor se comprazeu- em abrir seus corações e de mais nove pessoas. Foram batizadas na água onze pessoas e confirmados com sinais do Altíssimo. (batizadas com o Espírito santo) Estas foram às primícias da Obra de Deus naquele País.

Logo após, o inimigo começou a trabalhar para desfazer aquela obra, mas foi em vão o seu trabalho. O resto do povo daquele lugar, sabendo da minha chegada e da minha missão, jurou matar-me, tendo como chefe um Padre. Isto teria sucedido se Deus não entrevisse com Seus meios. O Senhor me fez saber de permanecer lá até 20 de Junho, nessa prova eu estava pronto a me entregar aos inimigos, a fim de poupar a vida dos poucos crentes que o Senhor havia chamado. Deus é testemunha disto, como também os irmãos que lá vivem.

Em 20 de junho, o irmão LOUIS FRANCESCON partiu do Paraná para São Paulo, Chegando a São Paulo, Francescon, visita uma barbearia, local de encontro de italianos, para com nostalgia falarem da terra da Tarantella. Interessado em encontrar um local para congregar, questiona aos presentes se alguém ali conhecia algum italiano protestante, e é informado sobre a existência de um por nome Ernesto Finotti.

Então em 25 de junho de 1910, o ir. Ernesto Finotti leva Francescon na casa do Irmão FELIPE PAVAN como era tarde só encontrou a sua esposa Irmã Ângela e o seu filho GERMILIO PAVAN e o JOÃO FINOTTI que tinha na época 12 anos e o Senhor deu de o Irmão LOUIS FRANCESCON falar das coisas de DEUS e ela pediu para voltar a noite para também falar para o seu esposo estas boas novas de Salvação, nessa visita, Francescon expõe o motivo de sua viagem, e é convidado pelo presbítero Felipe Pavan para congregar no culto da Igreja Presbiteriana, na Rua Alfândega nº 64 antigo nº 4 , que tinha como pastor Modesto Carvalhosa.

Felipe Pavan dá liberdade para Francescon transmitir a mensagem Pentecostal. No entanto, Carvalhosa, por certo informado pela Igreja Presbiteriana sobre os acontecimentos mundo afora acerca da novidade do falar em línguas, percebe nas mensagens de Francescon, e proíbe o presbítero Felipe Pavan de dar liberdade à Francescon. Nesse tempo o Irmão FELIPE PAVAN trabalhava na Serraria UNIÃO nos Campos Elíseos, depois de uma semana por causa do Pastor CARVALHOSA o Irmão FELIPE PAVAN não deu mais liberdade no culto para o Irmão FRANCESCON então DEUS abriu o coração dos tios do Irmão FINOTTI (SANTO PONTALTI e ISABELA) abrindo a sua casa para o Irmão LOUIS FRANCESCON fazer culto ali. Muitos assimilaram as novas, e aceitaram a pregação pentecostal, surgindo assim uma cisma na Igreja Presbiteriana.

Onde se reunirão com 20 irmãos pertencentes a outras igrejas, como Batistas, Metodistas e católicos. Entre eles o Senhor fez curas, batizou alguns com o Espírito Santo, e outros foram batizados na água. Porem uma noite de madrugada DEUS deu uma Revelação para o Irmão FELIPE PAVAN que um anjo apareceu dizendo a ele que o Irmão FRANSCESCON era um servo de DEUS que mandou no Brasil e no meio deles para ser esclarecida toda a Verdade de DEUS e então logo no outro dia foi procurar o Irmão FRANCESCON e pedir perdão para ele, porque ele avia sido seduzido pelo Pastor CARVALHOSA.

Os que não aceitaram a mensagem retiraram os bancos e o órgão da igreja. Como Felipe Pavan trabalhava em uma serraria foi fácil fazer novos bancos, e utilizando o salão desocupado, surge então a Assembléia Cristã Reunida em Nome do Senhor Jesus, no Brasil. E começou os cultos ali três vezes por semana e os outros dias nas casas dos irmãos. Nos Domingos à tarde faziam o culto na Praça Antônio Prado ou Jardim da Luz e na Água Branca (perto da Vidraria) e Lapa.

Presente neste grupo estava João Finotti, que fora ordenado ancião sete anos após a separação. João Finotti era pai do também ancião Davi Finotti. Na Água Branca é que ficaram conhecendo as Famílias MAZZEI, PERUCHI E PIRO.

Passados mais ou menos dois meses que estavam congregando houve ao primeiro BATISMO que foi feito na PONTE GRANDE no rio pelo Irmão LOUIS FRANCESCON onde obedeceram FELIPE PAVAN E SUA ESPOSA ANGELA BRAGA PAVAN E SEUS FILHOS GERMILIO PAVAN E PAULO PAVAN, ERNESTO, ESTERINA FINOTTI E SEU FILHO JOÃO FINOTTI E OS SEUS TIOS SANTO PONTALTI E ISABELA PONTALTI.

Logo depois de alguns dias foram ungidos para o ministério de ANCIÃO os Irmãos FELI PEPAVA E ERNESTO FINOTTI.
O Irmão Francescon, ficou ainda no Brasil até setembro de 1910, onde partiu em viagem para a república do Panamá, onde é fundada também a Assembléia Cristã reunida em Nome do Senhor Jesus Do Panamá. Passando um pouco de tempo que estavam congregando, satanás querendo dividir a OBRA DE DEUS no Brasil, começou a entrar com Profecias falsas e dividiu o povo e os servos. Um grupo congregava com o Irmão ERNESTO e o outro grupo com o Irmão FELIPE PAVAN, mas DEUS mandou dos U.S.A. o Irmão AGUSTINHO LANCHONE que ficou hospedado na casa do Irmão FELIPE PAVAN por mais ou menos seis meses e DEUS usando do seu servo uniu o Povo e os servos e houve reconciliação com todos e a OBRA DE DEUS ficou em Paz e Satanás ficou envergonhado. O Irmão AGUSTINHO com a madeira que o Irmão FELIPE PAVAN trazia da Serraria fazia gaiola para arrumar dinheiro para congregar. Isto em 1911 mais ou menos foi também ungido para o Ministério de Ancião o Irmão GENARIO OU GENUARIO. O segundo Batismo foi feito num rio perto da vidraria Santa Marina Água Branca pelo Irmão GENÁRIO Batizou os Irmãos:
ANTONIO MAZZEI, E A ESPOSA MARIA FRANCISCA FÁZIA MAZZEI E OS SEUS FILHOS FRANCISCO MAZZEI E GENARINO MAZZEI o pessoal da vidraria quando estavam fazendo o Batismo queria atirar pedras nos irmãos e no meio destes tinha muitos franceses e DEUS tomou a boca do Irmão GENÁRIO e falou DEUS com eles em FRANCES dizendo que se eles atirassem pedra nos irmãos DEUS mandaria fogo do Céu e entrou neles um grande medo e depois que terminou o batismo vieram falar com o Irmão GENÁRIO e perguntaram se ele sabia falar em Francês e ele falou que não e nem sabia o que tinha saído da sua boca.

O Irmão FELIPE PAVAN e toda a sua família foram despejados da casa da Rua Alfândega nº 64 mais ou menos em fevereiro ou março de 1915, ele tinha comprado a casa junto com o seu irmão carnal MATEUS BATISTA PAVAN e este não sendo crente fez assinar diversos papeis e vendeu a casa e sumiu que até hoje nunca se teve notícias dele e nem se sabe para quem vendeu, quem abrigou o Irmão FELIPE PAVAN com a sua família foi o Irmão CAETANO D ÂNGELO por uns 15 dias e a congregação na Rua Anhaia esquina da Rua Tenente Pena n.º29 Depois DEUS preparou de ir morar na casa do IRMÃO SPINA indo com toda a sua família e a Congregação na Rua da Graça ,João Finotti, que na época era um menino, fora ordenado ancião em 1917 pelo próprio irmão Francescon.

Ficando a OBRA DE DEUS NA RUA DA GRAÇA, depois mudou se o Irmão FELIPE PAVAN, para a Rua Tenente Pena onde ali DEUS o recolheu.

Trabalhando ele na Serraria UNIÃO nos Campos Elíseos em frente à igreja do Coração de Jesus, uma taboa escapou da serra e bateu em seu estômago com essa batida não podia se alimentar e depois de dois meses DEUS O RECOLHEU marcando para ele a hora e o dia em que DEUS o viria buscar.

Foi entre 12:00 a 13:00 horas do dia 5 de julho de 1918 e isto tudo se cumpriu como DEUS o tinha mostrado.

1920 Uma convenção que não deu certo

Neste ano de 1920, nosso irmão Louis Francescom encontra-se no Brasil com os irmãos Daniel Berg e Gunnar Vigren, onde ambos se propõem em fazer uma convenção entre as duas igrejas existentes, Assembléia de Deus e Assembléia Cristã, para que pudesse ser feita uma unificação em mesmos princípios doutrinários, porém os líderes destas igrejas não se dispunham em concordar com tal coisa, certamente estavam todos cheios de si, e não quiseram ceder de maneira alguma, fato que até o dia de hoje ambas as igrejas estão separadas sem ao menos terem alguma pequena que seja ligação uma com a outra. O que nos é oculto até o dia de hoje o conteúdo daquela convenção, pois nenhuma das duas igrejas ao que parece deixou registrado em alguma ata aquela reunião, ou talvez não lhes interessasse a existência de tal documento. Basicamente a única coisa que se sabe é de que não houve realmente acordo algum entre os líderes das duas igrejas.

As mesmas controvérsias que nasceram em 1914 nos estados Unidos permanecem entre estas igrejas. Após isto a Assembléia Cristã no Brasil, tomou uma postura totalmente separatista, mudando inclusive o seu nome para CONGREGAÇÃO CHISTÃ DO BRASIL numa convenção realizada em 20 de fevereiro 1936. Tornada pessoa jurídica em 30 de Março de 1936.

Em 1932, o irmão Louis Francescom encontra-se novamente no Brasil, e vendo o crescimento da obra no País, convoca vários irmãos entre jovens também para que fosse formada a primeira orquestra de músicos da Assembléia Christã do Brasil. Animados pelo incentivo, vários irmãos procuraram aprender a música, para que assim pudessem louvar ao Senhor no ministério musical. Pode-se dizer que hoje é a maior orquestra do mundo. Em todas as Congregação Cristã existentes hoje, desde a sua sede até a menor sala de oração possui um grupo de músicos e organista. Cremos que se fosse para ajuntar todos os músicos existentes no Brasil, não haveria lugar algum no Brasil para acolher tão grande número.

Em 1935 teve o início da perseguição dos crentes na Itália, era o cumprimento da profecia que Deus havia feito em Chicago na igreja da Toscana em 1904. Também neste tempo o mundo se preparava para a chamada segunda Guerra Mundial, e tal como a perseguição por parte dos alemães aos judeus, assim o governo Italiano perseguiu os cristãos evangélicos. Prendendo alguns líderes, ou aplicando-lhes multas por estarem se reunindo. Pois devido os conselhos de guerra do País, estava terminantemente proibido qualquer tipo de reunião de qualquer natureza. Em 1936, o irmão Luigi Francescon, preside no Brasil, precisamente em São Paulo, no dia 20 de fevereiro a primeira convenção da CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL (Nome dado à igreja que desde o princípio se chamou Assembléia Cristã). Sendo neste tempo o ancião responsável por toda a obra no Brasil o irmão Luis Pedroso.

Desta convenção saíram os tópicos de doutrina e ensinamento que a partir dali seriam pregados e obedecidos pela CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL, e por todas as igrejas de mesma fé e doutrina. Ao que indica o tópico de ensinamento, o nome de CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL, foi adotado a partir daquele ano. Pois foi apresentado o novo estatuto da igreja e ainda, como demonstra na pag. 10 do resumo de ensinamentos da CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL.

"ONDE O SENHOR DER OPORTUNIDADE EM SE CONSTRUIR OU JÁ EXISTINDO CASAS DE ORAÇÃO CONSTRUÍDAS, É PRECISO QUE NA FACHADA SÓ EXISTA O NOME OFICIAL E RECONHECIDO DE CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL".

Foi então que a ASSEMBLÉIA CRISTÃ- REUNIDOS EM NOME DO SENHOR JESUS, deixou de existir no Brasil.
Esta convenção terminou no dia 25 de fevereiro. A CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL foi registrada como pessoa jurídica em 30 de Março de 1936.

Creio que esta decisão tomada pelo ministério seria por não haver acordo com o ministério da igreja de Belém do Pará que foi criada por Daniel Berg e Gunnar Vigren, a qual também passou a chamar-se Assembléia de Deus, pois estava sendo assessorada pela Igreja Assembléia de Deus americana. O ministério da Assembléia de Deus, não aceitou também a nova doutrina da congregação, inclusive não houve acordo quanto ao dízimo.

Para não haver confusões entre as duas igrejas, A Congregação Cristã, tomou a decisão, que mesmo que alguém pertencesse á outra igreja só poderia fazer parte da comunhão da mesma se fosse batizado novamente pelos anciães
da Congregação. A Congregação passou a aceitar somente o batismo por ela pregado. Esta postura separatista parecia que traria impedimento para que o evangelho de Cristo fosse pregado no Brasil, porém as duas igrejas cresceram ainda mais.

Em 1942, teve início definitivo da 2ª. Guerra Mundial. As igrejas cristãs Americanas, já estavam cheias de novidades, que com isto não agradava ao Senhor e deixavam alguns anciães missionários tristes, tais como o irmão Louis Francesco outros, sendo que Louis Francescon separou-se da maioria delas, ficando com o pouco número da igreja da Toscana, a Congregção Cristã de Chicago. Neste ano, Louis Francescom escreve um histórico do princípio da obra que Deus iniciou e de tudo quanto Deus fez consigo e outros irmãos nas missões pelo mundo. Até este ano de 1942, Louis Francescon já havia feito 9 (nove) viagens ao Brasil. Dedicou-se mais com a Obra de Deus no Brasil, Panamá, e Itália. Em 1944, a perseguição contra a igreja na Itália já havia terminado, então Louis Francescom e Lucia Menna, viajam para a Itália, a fim de visitar as igrejas lá constituídas.

No ano de 1947, Deus recolhe para o seu reino de glória nosso irmão Luis Pedroso, grande perda para a irmandade da CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL, e com isso novidades irão surgir no meio da igreja. Após isto definitivamente, a CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL, distancia-se mais ainda das igrejas italianas, americanas e Argentinas. Logo o irmão Louis Francescon juntamente com sua esposa viaja para o Brasil.

É realizada então em março de 1948 uma Assembléia Geral de todo o ministério de anciães e diáconos do Brasil. Surgiram novidades nos ensinamentos da CONGREGAÇÃO CHRISTÃ DO BRASIL. Começou-se a proibir que irmãos fotografassem nos serviços de cultos, todavia aos que não eram da Congregação era liberado. Proíbe-se a sociedade com crentes de outras denominações, até mesmo casamento com crentes de outras igrejas que não seja da Congregação. Proíbem-se também a propaganda e qualquer tipo de literaturas, chamadas religiosas. Proíbe-se de membros de ministério da Congregação envolver-se com partidos políticos. etc. Após esta assembléia temos conhecimento que o irmão Louis Francescon, não mais voltou para o Brasil. Talvez não se achasse mais necessário a sua presença na tão grande igreja que se formou. Ora Louis Francescon, permaneceu no Brasil desde 24 de outubro de 1947, até 18 de outubro de 1948. Em 1952, escreveu pela segunda vez um histórico de suas missões.

O mesmo descreve que no Brasil, de acordo com o relatório do ano de 1951, o número de casas de oração atingiu 815, sendo 217 de propriedade própria, e já havia obedecido ao mandamento do Senhor Jesus 74.775 almas. Só na capital de São Paulo contava com 46 casas de oração. O mesmo descreve que a igreja estava bem organizada em sua administração e corpo ministerial.

A Congregação Cristã no seu início, era chamada de radunanza cristiana, assemblea cristiana, andunanza (ajuntamento) Em algumas igrejas havia uma singela placa "Reunidos em Nome do Senhor Jesus". Os outros nos chamavam de igreja dos glórias, igreja dos italianos. No final da década de 1920 passou em uma reunião da América do Norte para todas as igrejas adotarem o nome oficial de "Italian Christian Church", mas não pegou, cada congregação local era aqui registrada sob um nome diferente (normalmente Assembléia Christã). No Brasil a 1° igreja a adotar o nome "Congregação Christã" foi a do Bom Retiro em 1932 e a partir de 1936 adotado por todas nossas congregações de fé e doutrina. Registrada em 30 de Março de 1936 .

Itamar Bueno Coutinho

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A verdadeira história do início da obra de Deus no Brasil: Assembléia Christã no Brasil (hoje denominada CCB) Empty Resumo historico

Mensagem por icoutinho1@hotmail.com Qua Jan 26, 2022 12:32 am

Inicio de uma Ramificação da Obra de Deus no Brasil, Reunidos em Nome do Senhor Jesus, grupo esse ligado a Assembleia Cristã de Chicago até o ano de 1925. Após 1928 a igreja Brasileira passou a denominar-se oficialmente Congregação Cristã do Brasil e em 1962 Congregação Cristã do Brasil.

Depois que Francescon e Lombardi foram deportados da Argentina, eles chegaram ao porto de Santos no Brasil em um Sábado12 de março de 1910, pegaram um trem para São Paulo capital.

"Chegamos a São Paulo na noite de 12 de março. O seguinte dia, um domingo, sentimos o Senhor nos mandar no jardim da “Estação da Luz”, onde encontramos um homem sem fé, e o Espírito Santo falou com ele de tal maneira que não tinha objeções... " (Francescon)

Pouco depois da chegada de Louis Francescon e Lombardi  à cidade, fizeram uma oração no meio da praça do jardim da Luz, durante sua caminhada pelo Jardim, Francescon ouviu uma conversa em italiano. Dois homens estavam tentando descobrir o nome de um animal enjaulado no meio do jardim da Estação da Luz, como Francescon sabia o nome, ele aproximou-se deles e juntou-se à conversa. Então ele soube que um dos homens era um mascate, que estava descansando no jardim de suas longas caminhadas. O outro foi Vicenzo Pievani, da província de Macerata, na Itália, que morava em Santo Antônio da Platina, Paraná 600 km e fica a oeste de S. Paulo, e que estava prestes a voltar para casa em alguns dias. No dia seguinte, eles o visitaram num hotel nas proximidades, e Louis Francescon diz:

“Conversemos com Pievani sobre a graça de Deus”, Francescon atribuiu ao Espírito Santo o fato de Pievani não se opor à Palavra de Deus e o testemunho que ele deu, "o Espírito Santo falou com ele, de tal maneira que não havia oposição". Enquanto orava por Pievani, o Espírito Santo falou com Francescon por duas vezes...
Em 15 de março, Pievani partiu para Santo Antônio da Platina, no Norte do Paraná. Um mês depois, Francescon e Lombardi sentiram da parte de Deus que eles deveriam viajar em abril, Francescon para Santo Antônio da Platina e Lombardi de volta a Buenos Aires, Lombardi deixou o Brasil em 18 de abril de 1910 para ir à Argentina de navio pela cidade do Rio de Janeiro rapidamente e depois voltar a Chicago.

Francescon ficou sozinho em São Paulo e decidiu visitar Pievani. Mesmo ele estando doente e sem dinheiro, viajou de trem até Salto Grande (cidade do interior de SP), o restante do caminho fez montado em uma mula, com um guia indigina, até a cidade de Santo Antônio da Platina, um vilarejo rural no meio da floresta no nordeste do Paraná.

Durante a viagem, 11 almas foram convertidas e batizadas. É oportuno observar que Francescon só veio ao Brasil, por ter sido preso e deportado da Argentina, caso contrário, talvez nem tivesse vindo... - Mas foi o caminho e o plano de Deus para que fosse assim!
PRIMEIRO BATISMO NO BRASIL

Em 1910, Louis Francescon batizou os seguintes irmãos:

1º Antônio Felício Mascaro, 2º Maria Mascaro, 3º Benedito Antônio Mascaro, 4º Abnadabe Mascaro, 5º Vicenzo Piovani, 6º Laura Piovani, 7º Manoel Sabino, 8º esposa do Sabino, 9º José Proença, 10º Manoel Telheiro, 11º Joaquim Gonçalves.

A visita a Vicenzo Pievani deu um bom fruto, pois entre os 11 batizados estava ele entre os primeiros!
Ele residia e era proprietário de hotel no então Patrimônio de Santo Antônio da Platina no Paraná, era originário da Província Macerata na Itália. Sendo assim, foi no hotel de Vicenzo Pievani, que Louis Francescon iniciou suas pregações no Brasil.

O também italiano Felício Antônio Mascaro, foi o primeiro a aceitar a mensagem e ser batizado, era residente no povoado e hospedou Louis Francescon em sua casa por muitos dias durante sua permanência no vilarejo.

Segundo depoimento de João Alves Barreto, genro de Felício Mascaro e morador de Santo Antônio da Platina, a cerimônia de batismo ocorreu no dia 05 de junho de 1910, num córrego que cortava o povoado, hoje denominado Ribeirão do Boi Pintado. Considerando que, pelo depoimento de Francescon, sua chegada ao povoado se deu no dia 20 de abril de 1910, passaram-se 45 dias até a realização do serviço do batismo.
Louis Francescon teve ainda que enfrentar a oposição da comunidade católica da cidade instigados pelo pároco. Sofreu até ameaças de morte, mas Deus o guardou em todas as adversidades.
As missões de Louis Francescon no Brasil embora nunca tenham faltado dificuldades e aflições, sempre foram muito frutíferas e cheias dos sinais de Deus. Certa ocasião, numa região do Paraná, ele foi surpreendido por grande perseguição dos religiosos junto ao sacerdote e delegado da cidade que diariamente passaram a agredir com violência os irmãos. Diversas vezes precisavam se esconder para não serem surrados de forma covarde e humilhante.
Certo dia estando com os irmãos, ao verem o delegado com seus homens vindo, se esconderam em meio as palhas de arroz. Quando chegaram perguntando às irmãs onde eles estariam, elas amedrontadas e tentando protegê-los disseram que não sabiam... -  o delegado e o sacerdote que também estava junto ficaram furiosos e com grande ira colocaram fogo nas palhas onde os irmãos estavam escondidos!
Foi um momento de grande desespero,  pois o fogo se espalhava rapidamente, as irmãs clamavam a Deus com muita fé e foi neste momento que todos viram uma grande nuvem se formando bem em cima do lugar do fogo e rapidamente o Senhor mandou uma forte chuva que apagava as chamas e poupava as vidas dos irmãos.
Diante deste grande milagre os religiosos católicos, o sacerdote e o delegado passaram a deixar os irmãos em paz, pois viram que uma força maior estava com eles e que não adiantava fazer maldades para aqueles crentes.  No dia 20 de junho parte para a capital de São Paulo encorajado pelos frutos gerados ali no Paraná.

O primeiro templo em Santo Antônio da Platina foi construído ainda no ano de 1910 na Rua 24 de Maio. Felício Antônio Mascaro foi o primeiro Cooperador, atuando de 1910 a 1940, depois foi ordenado diácono, em 1948 pelo irmão Louis Francescon.

Felício Antônio Mascaro, Vicenzo Pievani, Alfredo Louis Francescon, de Souza e Júlio Cirilo de Souza foram homenageados com nomes de ruas na cidade.

LOUIS FRANCESCON ANUNCIA O BATISMO DO ESPIRITO SANTO EM SÃO PAULO
Na capital Francescon encontrou um grupo de italianos evangélicos no bairro do Brás afiliados com a Igreja Presbiteriana Unida. Eles aceitaram o testemunho do batismo com o Espírito Santo e a doutrina do batismo por imersão, onde foram batizadas mais vinte pessoas. E esse foi o início da Assembleia Cristã que em 1928 passaria a denominar-se Congregação Cristã do Brasil e depois Congregação Cristã no Brasil.

Filippo Pavan, presbítero na Igreja Presbiteriana Unida, foi o primeiro ancião do Brasil, Filippo faleceu antes de fundarem a Congregação Cristã.
Ernesto Ianani foi o segundo ancião do Brasil ordenado também em 1910, porém no ano de 1928 passou a ser da igreja Assembleia de Deus.

Em setembro de 1910, Francescon voltou aos Estados Unidos passando ainda pela Republica do Panamá. Ele retornaria ao Brasil 11 vezes, a última de avião com sua esposa Rosina, em 1947 aos 81 anos de idade ficando ate 1948.

Vieram também dos Estados Unidos outros anciãos como Agostino Lencioni, Luigi Terragnoli e Giuseppe Petrelli e a diaconisa Lucia Menna nos anos seguintes conhecer e servirem a nascente  obra.

Segundo Caio Barcala: Trisneto de Felippe Pavan,   Felippe nasceu na Itália, cidade de Pádova, no distrito de Montagnana/Urbana. Com a grande recessão daquele país, meu “nonno” buscou na imigração realizar um sonho de prosperidade, e veio ao Brasil com seus 6 irmãos e sua esposa Angela Braga Pavan. Saiu da Itália de navio rumo ao Brasil com grandes provações, haja vista que o seu filho faleceu no caminho, devido à febre presente na embarcação.

Chegou ao Brasil por volta de 1890, com 25 anos de idade. Do porto de Santos, acessou o trem sentido Estação da Luz. Chegando a São Paulo, desceu na estação da Luz, direcionando‐se a Hospedaria do Imigrante. Ficou cerca de 8 dias neste local, e através da Hospedaria conseguiu emprego em uma Serraria, chamada União, na região do Campos Elíseos, em frente a Igreja Coração de Jesus. Com o ordenado deste emprego, comprou junto com seu irmão Mateus Pavan, uma simples residência na Rua da Alfândega, nº 64 (antigo nº 4), iniciando assim a sua nova vida no Brasil.

Entre 1891 e 1897, Deus presenteou o seu lar com 3 filhos, sendo Elvira, Germilio Pavan e Paulo Pavan (meu bisavô).

Devido o seu grande esforço em sustentar a sua família, criar os seus filhos, e principalmente servir a Deus, os pastores da Igreja Presbiteriana Unida visualizaram um grande dom de Deus em meu tetravô, ordenando o presbítero da Igreja Presbiteriana Unida do Brás, sendo os cultos realizados na residência de meu “nonno”. Era um pequeno espaço, onde tinha alguns bancos de madeira, um órgão e um singelo púlpito para ministrar a palavra de Deus àquele povo, na grande maioria de origem italiana, devido o preconceito do povo brasileiro em relação aos italianos.

O tempo passou, e por volta de 1906, meu tataravô acompanhava as notícias que corriam pelo mundo, de um reavivamento em Gales, depois na Rua Azusa, e após, em Chicago e Como os presbiterianos não criam na Promessa do Espírito Santo, acreditaram que era um anúncio do Anti-Cristo, e meu “nonno” acompanhava preocupado a expansão deste movimento.

E, no decorrer de 4 anos, enquanto meu “nonno” cumpria os seus deveres aqui no Brasil, o Senhor operava grandes milagres e obras nos Estados Unidos, através de grandes homens como Louis Francescon, William Durhan, William Seymour, Giuseppe Beretta, entre outros.


Ata de recepção da Igreja Presbiteriana Unida, de São Paulo, Recebendo Felippe Pavan e família como membros da Igreja. Datada de 12 de julho de 1902. Antes de se unirem com a Presbiteriana eram crentes da Igreja Metodista. Ata Assinada pelo Pastor Modesto Perestrelo Barros de Carvalhosa.


Segundo Germílio Pavan, filho de Felippe: “Retornando do Paraná o irmão Louis Francescon chegou à capital de São Paulo, hospedando-se na região do Brás.

Na Rua Alfandega nº 64, antigo nº 4, havia na época uma Igreja Presbiteriana Unida, e quem a dirigia era o Pastor Modesto Perestrelo Barros de Carvalhosa. Congregava no meio deles o irmão Ernesto Ianani que morava na Rua Piratininga, num cortiço. Em frente desta casa tinha um salão de Barbeiro, onde foi o irmão Louis Francescon em um sábado dia 25/06/1910, perguntando ao barbeiro se morava algum crente na região.

O mesmo respondeu que de frente a barbearia havia um cortiço onde morava um crente chamado Ernesto Ianani. O irmão Francescon o procurou, e se conheceram. Ernesto Ianani leva o irmão Francescon na casa do irmão Felippe Pavan elá chegando, encontraram somente a irmã Ângela esposa do irmão Felippe e algumas crianças, entre elas Germilio Pavan, Paulo Pavan, filhos de Felippe Pavan e também João Finotti, que na época tinha 16 anos de idade. Felippe Pavan tinha ido participar de um piquenique com os irmãos da Igreja Presbiteriana Unida.

Quando entraram naquela casa, o irmão Francescon
disse: - A paz de Deus esteja nesta casa. A senhora me dê licença, pois o Senhor me enviou aqui para falar  das coisas de Deus. A irmã Ângela respondeu: - Com todo o prazer. O irmão Francescon falou das coisas de Deus para a irmã Ângela, e pediu para fazer uma oração, ressaltando que ele orava de joelhos. A irmã Ângela pergunta: -posso me ajoelhar também? Quando buscaram o Senhor em oração, o irmão Francescon orava lindamente, e a irmã Ângela sentia uma alegria imensa, chorava como criança. Quando levantaram da oração, ele perguntou quando tinha culto na igreja, ela respondeu que aquela noite haveria um culto, então prometeu que retornaria a noite.

Quando foi mais à tarde, o irmão Felippe retornou do piquenique, e irmã Ângela contou-lhe as boas novas, dizendo que um servo de Deus da América do Norte veio ao Brasil para anunciar a palavra de Deus para nós, e retornará à noite para o culto.

Quando chegou a hora do culto, o irmão Francescon sentou-se no último banco. Foi quando irmã Ângela o enxergou, e avisou o irmão Felippe que aquele era o homem que tinha estado em casa. Sendo assim, o irmão Felippe chamou o irmão Francescon à frente e falou assim: - O senhor pode falar tudo o que sente, tem toda a liberdade. Sendo assim, o Senhor encheu o irmão Francescon de força e ele falava de salvação e como o Senhor o tinha enviado aquele país. “Foi, segundo relatos de meus antecedentes, um culto maravilhoso”. (Caio Trisneto de Felippe Pava)

Findando o culto, o irmão Francescon perguntou ao irmão Felippe quando teria culto novamente, e devido às maravilhas que sentiram seria feito outro culto já no dia seguinte. Assim foi feito por 3 dias seguidos, até que no 3º dia o irmão Francescon pregou a palavra em Atos dos Apóstolos 2, e anunciava a promessa do Espírito Santo. Os presbiterianos não criam neste dom, mas cantavam um hino “TEU ESPIRITO DERRAMA SOBRE NÓS”, vindo eles a relatarem que o Espírito Santo já estava sobre eles. Sendo assim, expulsaram o irmão Francescon de forma violenta, sendo que o mesmo pegou o seu guarda-chuva e saiu dizendo: Que a paz de Deus esteja convosco.

No dia seguinte, o pastor Modesto Carvalhosa teve uma reunião com o irmão Felippe, dizendo que não era para conceder liberdade ao Francescon, pois ele era um falso profeta. Sendo assim, o irmão Felippe disse que se era um falso profeta, não teria mais liberdade. No outro culto, o irmão Francescon retornou e o irmão Felippe o procurou, dizendo que ele podia se reunir com eles, mas que não tinha mais liberdade, pois era um falso profeta.

O irmão Francescon disse que não era um falso profeta, que não tinha vindo ao Brasil por sua vontade, ele deixou a fábrica de ladrilhos que ele trabalhava e sua família nos Estados Unidos, a mandado de Deus. E foi se embora! Quando o irmão Francescon saiu, o tio do nosso irmão João Finotti chamado Santo Pontalti e Isabela Pontalti foram a procura do irmão Francescon e lhe disse: “O irmão pode fazer cultos em nossa casa. O irmão Francescon disse: Se Deus quiser, irei! Começaram a fazer os cultos na casa do irmão Santo Pontalti, por 15 dias. A irmã Angela largava o culto da Igreja Presbiteriana para estar junto aos irmãos nesta casa.

No momento em que o irmão Felippe rejeitou o irmão Francescon, entrou nele uma angústia de morte. Não tinha mais prazer em viver, não tinha forças para levantar e trabalhar, não conseguia se alimentar, e dizia para a irmã:” Ângela, o que será que fiz para não ter mais prazer neste mundo, tenho uma angústia muito grande.

Certo dia, apareceu no trabalho do irmão Felippe um anjo e o irmão Felippe descrevia-o dizendo que usava vestes de príncipe, e o chamou pelo nome, dizendo: “Felippe, porque rejeitou aquele meu servo? Eu o mandei aqui no Brasil, porque aqui tem um grande povo para se salvar. Se você obedecer será bem para a tua alma e terás a vida eterna, senão naquele dia o fogo estará preparado para aquele que não obedecer ao Senhor Deus. ” E mostrava para ele o fogo! Naquele momento, o irmão Felippe começou a pedir perdão a Deus e chorava muito.

Quando retornou para casa, pediu para a irmã Angela que fosse ao encontro do irmão Francescon, dizendo que queria conversar com ele.  A irmã Ângela disse: “Você o mandou embora e agora quer que eu o chame?”. Quando ela o chamou, o irmão Francescon ficou muito contente, e disse: Louvado seja Deus! Quando o Senhor quer operar, homem nenhum pode impedir a obra de Deus. Quando chegou à casa do irmão Felippe, este abraçou-o e pediu perdão, dizendo: “Ah, meu irmão, agora sei que é um enviado de Deus, eu não sabia! Pensei que era outra doutrina. ” E contou que um anjo tinha lhe esclarecisotud, o irmão Francescon relatou que o mesmo anjo tinha falado consigo. “E ao anoitecer, no culto da Igreja Presbiteriana, o irmão Felippe anunciou: Os que querem obedecer a Deus fiquem conosco e os que não, podem levar tudo embora, porque aqui vamos dar continuidade à obra de Deus, dentro de sua doutrina”.

Os pastores da Igreja Presbiteriana conseguiram uma carroça, levaram os bancos, o púlpito e o órgão embora, mas como o irmão Felippe trabalhava em uma Serraria, construiu os bancos e a mesa para acomodar os irmãos. Eram feitos 3 cultos por semana na Rua da Alfândega no Brás, e nos outros dias eram feitos ajuntamentos de evangelização nas casas dos outros irmãos. No domingo à tarde, faziam-se cultos ao ar livre no Jardim da Luz e na Praça Antônio Prado.

Depois de dois meses, em agosto de 1910, foi realizado o 1º batismo, no rio Tietê (Ponte Grande), são batizados pelo irmão Louis Francescon, Felippe Pavan; Angela Pavan; Germilio Pavan; Paulo Pavan; Esterina Finotti (Mãe de João Finotti); João Finotti; Santo Pontalti; Isabela Finotti Pontalti; Ernesto Ianani; Além de outros irmãos convertidos na época.
No final de agosto, o Senhor mostrou ao irmão Francescon que deveria ir ao Canal do Panamá, e sentia em seu coração ungir o irmão Felippe como ancião, porém, ele não tinha a promessa do Espírito Santo com evidência de novas línguas, e não poderia ordená-lo. Buscaram a Deus em oração, mas o irmão Felippe não era selado.
Sendo assim, o irmão Francescon partiu ao porto de Santos, e lá chegando recebeu uma notícia inesperada, pois o navio postergou a partida para depois de 8 dias. Nisto, embarcou no trem novamente para retornar a São Paulo.
Neste interim, enquanto o irmão Francescon passava por todas estas coisas, o irmão Felippe orava constantemente pedindo o batismo com o Espirito Santo, e aconteceu de madrugada, dormiu pedindo a Deus, acordou falando em línguas, sendo ele o 1º a ser selado em São Paulo e o irmão Ernesto o segundo.
Quando o irmão Francescon retornou, encontrou o povo em grande alegria e descobriu que o Senhor tinha selado o irmão Felippe e ao irmão Ernesto. Francescon não teve dúvidas! No dia 04/09/1910 ordenou o irmão Felippe Pavan, como o 1º ancião do Brasil, e depois foram juntos ordenar o irmão Ernesto Ianani. Francescon ficou o tempo solicitado pelo porto, e partiu para o Panamá, deixando aqui os dois obreiros para zelar, evangelizar e prosperar esta obra de fé.

Cultos na Água Branca e Lapa
Em 1911, começou os cultos na Água Branca e Lapa, ficaram conhecidas as famílias de Antonio Mazzei, Peruchi e Vitaliano Piro, que por sinal um de seus filhos, José Piro, casou-se com uma filha de Felippe, a irmã Elvira Pavan.

O irmão Vitaliano Piro tinha o dom de evangelizar. Ele parava para conversar com as pessos na rua, e dava o testemunho, e o Senhor chamava aquelas almas para a graça.
Um irmão disse: "Se quiser fazer cultos na minha casa, eu tenho um porão muito alto e grande, cabe bem a irmandade e ainda sobra lugar. É na Lapa de Baixo."
Então fomos para lá e foi realizado o primeiro culto. A família Mazzei morava de frente, vieram ouvir a Palavra. Os irmãos deram o testemunho para o Francisco Mazzei, o filho mais velho. Após o culto ele disse: "Eu tenho o meu pai no Juquiri, está louco, furioso. Os médicos o desenganaram e disseram que ele não tem mais cura. Vocês oram a Deus. Se Deus fizer a obra no meu pai e libertá-lo da loucura, eu e minha família batizamos nessa igreja."
O Senhor nos deu a graça de orar por ele e pelo seu pai. No outro dia às 11:00 horas, lá no Hospital do Juquiri, o pai do nosso irmão estava completamente liberto da loucura. A família creu e os vizinhos também.

SEGUNDO BATISMO DE SÃO PAULO 1911
O segundo Batismo de São Paulo foi feito num rio, próximo da vidraçaria Saint-Gobain, na Água Branca, atendido pelo Irmão Genário Pitta, Batizou os Irmãos, Antonio Mazzei, E A Esposa Maria Francisca Fázia Mazzei E Os Seus Filhos Francisco Mazzei E Genarino Mazzei, o pessoal da vidraria quando estavam fazendo o Batismo queria atirar pedras nos irmãos e no meio destes tinha muitos franceses e DEUS tomou a boca do Irmão GENÁRIO e falou DEUS com eles em FRANCES dizendo que se eles atirassem pedra nos irmãos DEUS mandaria fogo do Céu e entrou neles um grande medo e depois que terminou o batismo vieram falar com o Irmão GENÁRIO e perguntaram se ele sabia falar em Francês e ele falou que não e nem sabia o que tinha saído da sua boca. Após esse batismo nasceu a igreja da lapa, SP.
Antonio Mazzei foi liberto tinha uma casa e uma horta boa em volta da casa. Ele fez um salão de 16 metros por 5 metros de largura. Os irmãos fizeram bancos improvisados. Ali se fez uma igreja que durou bem uns 10 anos ali na Lapa.

Segundo o ancião Lavander: “No bairro da Terceira Parada, o irmão Vitaliano Piro deu o testemunho para uma prima dele e ela creu no Senhor. Ela tinha dois filhos, os filhos e o Marido não creram.
Na sua casa tinha uma sala muito boa e ela ofereceu para fazer o culto ali. Numa noite de carnaval, os filhos desta prima de Vitaliano puseram uma máscara na cara de um cachorro, amarraram umas latas na calda do cachorro e tocaram o cachorro para dentro da sala de oração, no momento da oração. Ninguém se incomodou e o Senhor visitou todos os irmãos.
A família tinha uma cocheira de cavalos no fundo do quintal da casa onde eles moravam, eles pegaram uma pá de estrume de cavalo e quando nós estávamos em oração, jogaram nas cabeças das irmãs. Ninguém se incomodou, mas Deus tomou conta.

Naquela mesma noite, eles se divertiram, riram por causa do que fizeram. Um dos filhos foi para o banheiro e quando ele fechou a porta, uma mão invisível o pegou pelos cabelos e levantou três vezes do chão.
Quando ele sentiu aquela mão, ele deu um grito: "Mãe, mãe, mãe..." Correram todos lá e perguntaram o que aconteceu. Ele disse: "Uma mão me pegou pelos cabelos e me levantou três vezes do chão."

Ela disse para ele: "Meu filho, você brinca com a Obra de Deus e Deus não quer que se faça isto." De madrugada aquele moço morreu.
Passado uns dias, o outro filho subiu numa goiabeira que tinha no quintal para apanhar goiaba. Tinha um galho que foi cortado e ficou com uma ponta. Como a goiabeira era muito escorregadia, ele subiu, mas deslizou, caiu de barriga encima daquele galho e morreu na hora.”
Entrou muito temor em todos nós. O pai dos moços disse para a esposa: "Eu não quero mais esta gente aqui, você mudou de religião e veja o que aconteceu. Nós perdemos os dois filhos. Como eu também não sou crente, é capaz que eu vou morrer também. Fale para teu primo que nós não queremos mais esta religião aqui." Os irmãos não atenderam mais cultos naquele lugar.
O avô do irmão Luciano Carbone, tinha uma perna de pau e trabalhava com tintas, morava no bairro São José dos Tenentes. Ele disse: "Vocês não querem a Obra de Deus na vossa casa, eu levo para a minha casa." Mas sua família não aceitou.
Os irmãos foram atender os cultos na casa do pai do irmão Luciano, na Rua da Cachoeira. Lá também houve perseguição, pois também não queriam a Obra de Deus naquele lugar.

O irmão José Oliva foi evangelizado pelo irmão Vitaliano Piro, José era pai do encarregado musical Miguel Oliva, José era cobrador de bonde, falou para os irmãos: "Se vocês não querem a Obra de Deus na vossa casa, eu levo para minha casa." Sua casa tinha dois quartos pequenos. Quando havia culto, ele colocava todos os móveis para.
Nesse tempo aconteceu um caso na estação de bonde. O diretor era um italiano e tinha tido tuberculose. Ele foi para a Itália para se curar e depois de muito tempo voltou para o Brasil. Quando ele já estava trabalhando, começou a soltar golfadas de sangue e a doença voltou.

Um dia de manhã o irmão José Oliva entrou no trabalho às 4:00 horas, porém seu horário normal era 5:00 horas. Ele encontrou o chefe chorando e encima da escrivaninha estava um revólver.

O irmão José Oliva perguntou para o chefe: "O que acontece, chefe?" O chefe disse: "Eu tinha tuberculose, fui á Europa, fiquei três meses, me tratei, me curei, mas a doença voltou e eu não quero mais sofrer com esta doença. Eu comprei este revólver para assassinar primeiro minha esposa, porque ela é bonita e não quero deixá-la para ninguém e depois me suicido." Ele chorava porque tinha dó de matar a esposa.
O irmão José Oliva disse: "O senhor não sabe que existe Jesus Cristo? Se você crer em Jesus Cristo, Ele cura a tua enfermidade, te dá saúde.
Ele escutou bem a conversa e perguntou: "Onde é?" O irmão respondeu: "Na minha casa, próxima à estação."

De noite ele foi ouvir a Palavra. O Senhor abriu o seu coração e ele falou para a esposa: "Achei o caminho apostólico aonde o Senhor vai me dar a vida eterna e vai me curar." Ele foi batizado e o Senhor o curou completamente. Sua esposa lhe disse: " me leva também para congregar." Quando ela foi, ela também creu no Senhor.
Pela graça de Deus a Obra de Deus começou a pegar um impulso. Este irmão ganhava bem na Light, pois era superintendente do tráfego. Ele alugou uma casa com 4 cômodos. Dois cômodos foi para ele morar. Ele pediu licença para o proprietário, tiraram a parede dos outros dois cômodos e fizeram um salão para Culto.
Passando um pouco de tempo que estavam congregando, satanás querendo dividir a OBRA DE DEUS começou a entrar com Profecias falsas e dividiu o povo e os servos. Ernesto Ianani pregou e anunciou com data, por duas vezes, a Vinda de Cristo.
Segundo o Ancião Lavander: “Em 1913, houve um irmão que disse que o Senhor viria buscar sua igreja e mandou todos se prepararem. Eu era menino novo. Todos se prepararam para ir com o Senhor. Todos vestiram terno novo, vestido novo, sapato novo, porque diziam: Agora nós vamos para o céu."
“Na hora do almoço um irmã disse: Fiquem quietas, meninas, fiquem quietinhas, pois logo vamos comer com Jesus."
“Este irmão fez isto duas vezes, depois o Senhor o tirou do nosso meio. Ele foi para uma igreja evangélica onde ganhava salário para pregar”. (Assembleia de Deus)( Ianoni passou para AD em 1928).
Um grupo congregava com o Irmão Ernesto Iananni e o outro grupo com o Irmão Felippe Pavan, mas Deus mandou dos Estados Unidos o Irmão ancião Agusto Lencioni que veio a pedido de Francescon, ficou hospedado na casa do Irmão Felippe Pavan, por mais ou menos seis meses e Deus usando do seu servo uniu o Povo e os servos e houve reconciliação com todos e a OBRA DE DEUS ficou em Paz.
O Irmão Augusto com a madeira que o Irmão Felippe Pavan, trazia da Serraria fazia gaiola para arrumar dinheiro para se sustentar. Em primeiro janeiro 1911 foi ungido para o Ministério de Ancião o Irmão Genario Pitta. Ordenado pelo irmão Augusto Lencioni. O irmão Augusto, ficou no Brasil, até 1913, conforme o passaporte, asseguir na próxima pagina, assinado pelo irmão Louis Francescon, em 1913. Quer saber mais ? Leia a Biografia do irmão Louis Francescon de autoria do irmão Itamar Coutinho, contato: 42 988044269

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