O verdadeiro fundador da igreja de Cristo

O apóstolo Paulo considerava Timóteo como um filho...gerado na fé.

A Timóteo foi recomendado (por Paulo), que a igreja mantivesse sua identidade, ou seja, que ela jamais se desviasse da sã doutrina.

“Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.” 1 Tim. 1-5

O ministério de Timóteo foi confirmado por profecias, e sendo ele escolhido por Deus, deveria militar a favor delas a fim de conservar a fé, a boa consciência, evitando o naufrágio da fé.

Paulo deixou claro ao jovem cooperador, que somente fica a deriva, o espírito que não se ajunta com o Espírito de Deus. Nas cartas destinadas a Timóteo, as instruções são dadas com todo o cuidado, e o fundamento de cada uma delas é maravilhoso, nos presenteando com o caráter único (e especial) de Paulo.

Percebemos nas palavras de Paulo, a reverência ao Espírito de Deus, os recados concedidos sobre a apostasia da fé, os espírito enganadores, e as doutrinas de demônios, fazem parte do zelo do apóstolo. A igreja já sofria com os homens desmedidos, e Paulo com toda a sua experiência, tratou de modelar Timóteo.

“Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido. “ 1 Tim. 4-6

Mas, talvez a juventude de Timóteo, se apresentou como um problema, para que ele pudesse praticar os ensinos de Paulo (enviados por Deus), e o apóstolo demonstra preocupação, quanto a reação dos fiéis em serem ensinados por um jovem. Timóteo teria a responsabilidade de ser o principal exemplo (nas ações), na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, e na pureza.

Uma das orientações na ausência de Paulo, era para que ele persistisse em ler, exortar e ensinar.

Foi ensinado pelas cartas, que o homem que aspira colaborar com Deus, sendo por ele escolhido, tem inúmeras responsabilidades, convém não despreza-las, e disso Timóteo tinha compreensão.

“Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” 1 Tim 4-14 a 16.

A carta educa Timóteo, como ele deve se portar diante dos anciãos, dos moços, das mulheres idosas, das moças, das viúvas, enfim, como lidar com as famílias que pertencem ao Corpo da igreja. (1 Tim. 5)

Também menciona como ele deveria se comportar diante do presbitério, baseado na imparcialidade, não favorecendo este ou aquele, bem como ter uma atitude digna, diante dos possíveis julgamentos. Timóteo é tão amado por Paulo, que este inclusive se preocupa com as enfermidades que o jovem foi acometido, e percebemos isso quando lemos a “receita médica” do apóstolo.

“Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades.” 1 Tim 5-23

A identidade da igreja se manifesta pela piedade, conforme as sãs palavras de Jesus Cristo, e de acordo com a doutrina que é justa. Quem desconhece tais palavras, delira, e de fato, nada compreende, tendo seu entendimento corrompido, almejando apenas o ganho irracional, e não segundo a piedade com satisfação. E assim, Timóteo compreende ( e todos nós), que todo aquele que envolve dinheiro com questões divinas, semeia uma raiz que produzirá muitos males, e as vezes se não ceifada, desviará almas da fé provocando muitas dores.

“ Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” 1 Tim. 6-9 a 11


O maior exemplo dado ao jovem cooperador, e que todos nós devemos seguir, é a confissão de Jesus diante de Pôncio Pilatos. Assim, todo o depósito realizado por Deus, e diretamente confiado ao homem justo será —devolvido— para o próprio Deus na aparição de Jesus Cristo.

Na segunda carta, Paulo deixa evidente a admiração para com Timóteo, demonstrando que este jovem estava desempenhando sua missão com total guia do Espírito.

“Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus “ 2 Tim. 1-8

Na derradeira carta o apóstolo parece se despedir do jovem, motiva o a cada dia fortalecer-se na graça de Deus, suportando as aflições, os embaraços da vida, e a evitar as paixões da mocidade. E que continuasse seguindo a justiça, o amor, a paz, com um coração puro, invocando o Senhor, ainda, rejeitando questões sem edificação, loucas, que só produzem contenda no corpo da igreja.

“E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos. “ 2 Tim. 2- 24 a 26

Paulo expressa assuntos sobre os últimos tempos, sobre as ações da carne, dos “amigos do mundo” que se tornam inimigos de Deus.

Mas, a Timóteo, e a todo aquele que aprender de Cristo, desde a meninice, adquire sabedoria para chegar até a salvação.

“E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 2 Tim. 3- 15 a 17

Paulo então completando sua carreira, após tantas lutas, se encontrava totalmente sozinho, porém, mesmo em situação adversa, precaveu Timóteo, sendo ele mesmo o próprio exemplo da resistência do evangelho, pelo qual ele (Paulo) se tornou prisioneiro. Sendo escolhido e guiado por Deus, jamais desamparou a igreja, nunca se comportou de maneira aleivosa, mas, com imensa responsabilidade espiritual, como alguém que já sabia a proximidade da sua morte, e nem mesmo demonstrou preocupação em perder sua vida.

O incômodo de Paulo era com a situação da igreja, no entanto, Timóteo lhe transmitiu segurança, e o apóstolo desejou ver-lhe o rosto ainda uma vez, antes de sua partida deste mundo.

“Quando vieres, traze a capa que deixei em trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. “ 2 Tim. 4-13

Esse texto buscou demonstrar a relação de respeito do ministério entre si, juntamente com a igreja.
Que a juventude de Timóteo, sua vocação ministerial, seu empenho, sua fé, permitiram que o espírito de Paulo se regozijasse, e toda a sua “experiência” como prisioneiro do evangelho, ele repassasse ao cooperador inexperiente.

E por tais exemplos de abnegação, os homens que se acham escolhidos, devem se comportar como “homens de Deus”, isso não significa que sejam donos da igreja.

A supremacia é de Deus, Paulo reiterou isso a Timóteo, e ele compreendeu a mensagem.