“A cada minuto que passamos com raiva, perdemos sessenta felizes segundos”

Não me considero um primor de controle, imaginei quantos “sessentas felizes segundos” perdi nos meus descontroles.

“Perante a cólera nada é mais conveniente do que o silêncio.” (Safo – Poetisa grega)

A triste guerra entre a língua e o silêncio, a primeira quer incendiar o bosque, o segundo apagar a fagulha.

“A ira começa com a loucura e acaba com arrependimento.” (Textos Judaicos )

Mais triste reconhecer, perder o direito, ser levado para uma lonjura, que acaba no cansaço do retorno, quando mais simples seria ter resolvido tudo de perto.

Segundo fontes psicólogos e neurocientistas, a raiva é uma emoção, que em termos gerais é definida como uma pretensão de causar dano e hostilizar alguém (Wikipédia).
Um provérbio bíblico diz que:
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Provérbios 15:1
Diante dos tosquiadores Jesus não abriu sua boca (Isaías 53:7), tinha muitos motivos para ficar encolerizado com tamanha ignorância, na sua boca não se achou engano.
“Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.”
(Tiago 3:2 )

Devemos abandonar a raiva (Colossenses 3:8), “como?”, seguindo os conselhos espirituais:

“Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (Tiago 1:19,20)

Concordo com Calvino (quem sou eu?), “porque Deus não pode ser ouvido senão quando a mente está calma e tranqüila”, essa tal raiva não foi criada na glória, é um sentimento mundano, que afeta milhares e milhares, provocando grande divisões, situações exasperadas com consequências desastrosas (isso você já sabe), lembramos que quando no mundo, a voz maligna fez se ouvir com raiva, achando ter o domínio, a Palavra suave tornou-se carne, a cruz silenciou o ódio do inferno mediante a força do amor.

Deus seja louvado e seu poder.



Eldier