“Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz”

“Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.” Marcos 15:30

Afrontado, não desceu meu Senhor! Não foi o diabo a sugerir que descesses da cruz? O que aconteceria se assim fosse, se naquele instante, seus braços e pés fossem soltos da cruz, voltando atrás da decisão tomada antes da fundação do mundo? Quis o Senhor salvar o mundo inteiro, o mundo dominado pelo espírito de desobediência.

A obediência foi presa a cruz, junto com o pecado, para livrar os filhos que estavam sujeito a ira, sujeitou-se acompanhar o pecado, que ficou retido na cruz, enquanto via a obediência voltar a vida, representando a liberdade dos que pelo sacrifício foram privilegiados em tornar-se filhos de Deus.

Se descesse da cruz o que seria de Abraão? O que seria da voz dos profetas, dos valorosos que resistiram na esperança? O poder estava nele em descer da cruz, o poder estava nele para resistir a Satanás, estava junto dele beber o cálice, não poderia ser apenas um gole, nem pela metade, cada gota da maldade humana ele devia engolir, para que nós não fossemos vomitados de diante da presença de Deus.

Não ouviu a voz que sugeriu descer da cruz, não, ele não ouviu, sua mente tão generosa, tão resignada, estava com o pensamento em Deus, na determinação do Pai, não pensou que por ser Filho, teria o privilégio de desistir, que o Pai mudaria o seu plano, criaria outra forma pela qual pudesse nos tirar do mundo.

Qual outra obra poderia resgatar-nos da morte? Ele se tornou maldição (Deuteronômio 21:23) para que o Pai derramasse sobre nós a benção da adoção.

Não desceu ao mundo para descer da cruz, desceu ao mundo para subirmos com ele.

“...suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” Hebreus 12:2