Palavra do Jovem/online: Salmo 88 (Os Salmos proclamam a vinda de Jesus Cristo, Deus nunca desamparou seus filhos)

Palavra - Salmos 88:14,15

Senhor, por que me rejeitas? por que escondes de mim a tua face? Estou aflito, e prestes a morrer desde a minha mocidade; sofro os teus terrores, estou desamparado.”

Salmo de Hemã neto do profeta Samuel (1 Crônicas 6:33), um dos três músicos nomeados por Davi, ou Hemã da época do reinado de Salomão (1 Reis 4:31).

“O salmista não pode ser localizado dentro da história, pois seus sofrimentos têm uma qualidade sem ligação alguma com o tempo. “ (D.L. Moody)

Sofrimento diário, sem alívio, o que aconteceu? Porque choras Hemã? A distância do Senhor incomoda o autor desolado. Não há registro do ocorrido, o Espírito faz menção a uma não pequena aflição, inacabável, desde da mocidade, o sentimento do desamparo. Os clamores não param, “dia e noite”, na insistência do Senhor reverter seu quadro, “chegue à tua presença a minha oração”.

Esmagado, Hemã sente o peso da amargura, “Deus virou-se contra mim”, a rejeição faz doer o coração. Senhor, Senhor, mesmo após dois milênios, sentimos vontade de chorar por Hemã, para que ele encontre a paz, o controle, o repouso. O apóstolo Paulo chama a ti de “Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação (2 Coríntios 1:3 ), cremos que sejas, cremos que livraste Hemã, de um modo ou outro, na carne, no espírito, o tempo que durou o sofrimento, não impediu o salmista de exercitar sua fé, de louvar, acreditar que algo poderia ser diferente.

Mesmo não descrito Hemã consta nos heróis da fé de Hebreus, “pela fé Hemã escreveu o salmo do mais intenso sofrimento, acreditando que o Senhor poderia salvá-lo, içá-lo das trevas mais profundas”, “pela fé foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados" (Hebreus 11:37 ), na espera de algo melhor.

Cristo também foi abandonado em trevas, impossível era a morte retê-lo, Hemã não viu, creu na esperança, o Senhor de todos curou todas as feridas. Sofreu desprezo, “com julgamento opressivo ele foi levado” (Isaías 53:8), foi golpeado, esmagado, mas conforme profecia para luz saiu da sepultura.

Não só cessou o sofrimento de Hemã, o salmista que clamava dia e noite, em oração constante, com a alma angustiada, aguardando sua morte, se vivo diria: “encontrei a vida em Jesus Cristo”. A vida doente que estava próxima a sepultura, descendo o abismo, sem forças para voltar, em trevas e nas profundezas, ressurgiria, na certeza de estar assentada nas regiões celestes. Aquele que se sentia fechado, sem poder sair do mundo cheio de aflições, glorificaria diante do Senhor, o homem e seu clamor diário, de mãos levantadas, teria a companhia da gratidão pelo recebimento da salvação. Os terrores teriam fim, Cristo já teria esmagado todos eles, Hemã estaria em boas mãos, nas santas mãos do Salvador.

O salmista não deixou de clamar, sua alma continuou a clamar, os Salmos proclamam a vinda de Jesus Cristo, Deus nunca desamparou seus filhos.

Jovem, clame, noite e dia, em comunhão, embora os dias sejam tão maus, a presença de Jesus Cristo nosso Senhor afasta todos os terrores.

Você está vivo, viva, o amor foi comprovado, Deus não despreza o teu clamor, não estás separado, separada da redenção, justiça, misericórdia e bondade. O Salmo 88 destaca o desespero de um homem, servo do Altíssimo, diante de todas as adversidades, o Espírito Santo escolheu suas palavras para compor a Sagrada Escritura, Deus, nosso Pai não rejeitou o seu clamor, nem rejeitará aquele que permanece na confiança, seja no presente ou no porvir.

Deus seja Louvado.