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A Forma do Batismo Cristão (Charles Spurgeon)

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Mensagem por Admin Sex Out 24, 2014 5:51 pm



A Forma do Batismo Cristão

BATISMO, não duvidamos, é imersão. Isso é ensinado por todo o uso Grego dos termos escolhidos pelo Espírito de inspiração para designar esta ação. Admite-se por quase todo Pedobatista erudito que até o tempo de Cristo a palavra baptizo não teve outro significado. Este requeria que o “o elemento abrangesse o seu objeto”.

Nem o uso desta palavra por pagãos ou Cristãos Gregos, nas épocas imediatamente posteriores aos tempos apostólicos, incentiva a ideia de um significado modificado adotado por escritores inspirados, o que alguns de forma vã imaginam. Qualquer pessoa que sustenta essa mudança de significado em um escrito não inspirado, é obrigado a provar que, em uma ou mais instâncias, a palavra é divinamente utilizada em outro sentido, sendo o significado anterior (imersão), certamente inadmissível. Não há tal ocorrência.

O batismo de Israel, na nuvem e no mar, e o batismo do Espírito por Cristo, são batismos não literais em água. Pelo mar e a nuvem, juntos, os filhos de Israel foram cobertos. Que os discípulos, quanto aos seus corpos, no dia de Pentecostes, não foram abrangidos com o fogo emblemático, é incapaz de prova, enquanto todos admitem que suas almas foram, por assim dizer, imersas no Espírito Divino. O cumprimento de um previsto e abundante derramamento pode, portanto, constituir-se uma imersão, como ao corpo e à alma, ou isto pelo que por nenhuma outra palavra pode ser mais apropriadamente designado. Uma previsão da aspersão de água ou derramamento do Espírito pelo Ser Divino sobre os homens, não é prova de que a palavra no Novo Testamento descreve a ação divinamente ordenada de homem em relação a homem, seja ou aspersão, ou derramamento, ou imersão [...].

O fato de que as palavras gregas baptizo, baptisma e baptismos, não passaram por nenhuma mudança de significado quando usadas pelos escritores inspirados, é evidente a partir de expressões como que João batizou “no Jordão”, e “em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas” [Marcos 1:9, João 3:23]; que Filipe e o eunuco “desceram ambos à água” [Atos 8:38]; que após Filipe ter batizado o eunuco, eles “saíram da água” (v.39); que nós somos sepultados com Cristo “pelo batismo”, e “no batismo”, no qual também nós “somos ressuscitados com ele” [Romanos 6:4; Colossenses 2:12]. Se as palavras sepultados e ressuscitados são aqui usadas no sentido figurado, há uma alusão às literais imersão e emersão que ocorreram. A referência aos esmagadores sofrimentos de Cristo e seus apóstolos, como sendo um batismo, é consistente apenas com sendo imersão. O uso comum e necessário de uma palavra que significa imergir, e a evidenciada distinção disso da aspersão ou derramamento, necessariamente evitaria a sua alteração de um para o outro, ou de significar o uso de um líquido, como alguns têm sustentados, “em qualquer forma”.

Se os escritores inspirados tivessem usado a palavra Grega em outro sentido, certamente a prática entre os Cristãos dos tempos imediatamente posteriores teriam confirmado isso. Mas nem os Gregos, que são supostamente melhores para compreender a sua própria língua, nem os Latinos, nem quaisquer bárbaros, prestam o mínimo apoio a uma suposta alteração por mandado Divino ou qualquer outro, do significado de baptizo e das palavras derivadas deste. Nem o batismo do Judeu prosélito, se este se originou antes, ou como muitos eminentes Pedobatistas acreditam, após os tempos apostólicos, dão a mínima aprovação a qualquer coisa menos do que imersão como batismo.

O primeiro afastamento registrado de imersão como batismo é um desvio conhecido – uma imperfeição reconhecida – em que, isso era crido [como] necessário à misericórdia de Deus e necessidade especial para a sua adoção. Isso aconteceu mais ou menos na metade do terceiro século. O batismo foi então crido necessário, a fim de obter a certeza da salvação. Um homem morrendo pode ser incapaz de ser batizado. Um substituto para o batismo em tais circunstâncias era admitido, com desvantagens concedidas se a vida fosse poupada. Isso longamente foi imposto como batismo, como a própria coisa que Deus requer, ou tudo o que Ele exige de qualquer um! E, posto que consideram como uma cruz o ser uma vez imerso em nome de Jesus, especialmente nessas regiões frias e ao norte, a conveniência e a decência da aspersão são louvadas até aos céus. E há alguns que falam da imersão como se não pudesse ser realizada sem uma violação de delicadeza, afirma-se que a imersão é uma das ações envolvidas na palavra divinamente escolhida, quando “batizar” é ordenado.

A ideia de que há necessariamente indecência na “imersão de alguém”, ou de perigo a menos que em tribulação, ou circunstâncias especiais, a prática de nossa própria terra e em outros países é continuamente e em alta voz condenada. Onde o perigo ou incapacidade realmente proíbem, acreditamos que Deus não exige; mas Ele não autoriza nenhum substituto, nestas circunstâncias, também não é um subterfúgio mais reles concebível do que a aspersão de um pouco de água no rosto seja substancialmente batizar uma pessoa. Seja grande ou pequena a importância que atribuímos ao batismo, somos obrigados, ao observá-lo, e praticar o que Deus ordena. Pois, se o servo de um mestre terreno realizasse seus próprios gostos, em vez das solicitações de seu mestre, seria um insulto que ninguém toleraria. O pretexto para aspersão e derramamento baseado em sua não proibição, é uma escandalização do que Deus ordenou, ao escolher uma invenção humana, rejeita-se uma determinação Divina. Se Deus é infinito em sabedoria e amor, uma firme adesão aos Seus preceitos é a nossa sabedoria e proveito. “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados” [1 João 5:3].

Considerações Sobre os Sujeitos do Batismo Cristão

Os sujeitos divinamente aprovados do batismo Cristão podem ser determinados apenas a partir do Novo Testamento. A comissão de Cristo, confirmou como o seu significado pela prática anterior e, especialmente, posterior, e por qualquer referência a esta ordenança nos oráculos de Deus, é a “lei” e “o testemunho”. Uma tentativa de provar os sujeitos legítimos do batismo Cristão a partir da Palavra de Deus e do batismo de Judeus prosélitos, é imitar o apelo Papal à Escritura e à Tradição. Além disso, nenhum homem sobre a terra sabe que o batismo de prosélitos existiu nos tempos apostólicos, enquanto que cada um pode saber que sua origem é “dos homens”, e não “do céu”; e que somente a Bíblia é a regra de fé e prática do homem. Nós admitimos toda inferência legítima, a partir de todas as partes da Escritura Sagrada.

Nós sustentamos que os únicos sujeitos apropriados do batismo Cristão são crentes em Cristo, aqueles que são convertidos à Cristo, discípulos de Cristo; ou, uma vez que não temos, e não somos obrigados a ter acesso ao coração, aqueles que fazem uma profissão confiável de fé em Cristo. Isso, nós acreditamos ser ensinado no preceito Divino: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em [no] nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” [Mateus 28:19-20]; e é confirmado pelo registro, “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” [Marcos 16:15-16].

Na compreensão desta passagem, se seguirmos a ordem, onde acima de todos os lugares a ordem mais exata seria esperada, temos que entender que a vontade de Cristo é que primeiro façamos discípulos, e somente depois os batizemos, etc. [...]. Ao fazer discípulos, a comunicação e a aceitação da verdade, o ensino e o recebimento das boas novas, são necessários. Após isso e o batismo, o ensino não deve cessar “ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado”. Também não há nada na passagem exigindo uma outra interpretação [...]. Efetivamente, foi dito que “eles” depois de “batizar”, tem “todas as nações” por seu antecedente, de forma que o discipulado e o batismo são de igual extensão, abrangendo as mesmas pessoas, mesmo cada indivíduo em todas as nações.

A tendência do Pedobatismo, como nós podemos claramente mostrar, é perverter o significado de um discípulo de Cristo, ensinando que um bebê inconsciente, que uma criança que pode responder a certas perguntas, sim, que um homem ou uma mulher conhecidos por serem ímpios, podem, pelo batismo, tornarem-se discípulos de Cristo! Assim, enquanto alguns conformistas sustentam a justificação pela fé, são inconsistentes, ensinando que o batismo regenera e converte em um filho de Deus; alguns não-conformistas, mantendo a verdade divina da salvação pela graça mediante a fé, ensinam este batismo de discípulos de Cristo! A correta interpretação do discipulado exclui os infantes da comissão.

João “batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo” (Atos 19:4) Eles “eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados” (Marcos 1:5). Esse foi um batismo “de arrependimento”, já que este era o estado professado por eles, enquanto confessando os seus pecados e sendo batizado.

Até a comissão de nosso Senhor, as Escrituras não falam de nenhum batismo do céu, em adição ao de João, exceto o que Cristo ordenou aos Seus discípulos. Quanto a isso, o registro inspirado é que, em primeiro lugar, “Ele batizou” (João 3:22) e, por outro, que “[...] Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos)” (João 4:1, 2). Ele batizou discípulos. Ele fez e batizou-os. A instrução a partir deste batismo só pode ser a favor de primeiro fazer discípulos, batizando-os depois. Toda a revelação Divina em relação a todo batismo do céu que os apóstolos tinham anteriormente testemunhado ou praticado, confirma a nossa crença de que eles certamente compreenderam as palavras de Cristo de acordo com o seu significado natural já indicado.

Nós finalmente sustentamos que a nossa visão da comissão é correta, porque os apóstolos, assim a compreenderam, como a sua conduta posterior e escritos evidenciam abundantemente. Pedro no dia de Pentecostes primeiro pregou o evangelho de Cristo, e depois ensinou os interrogadores ansiosos a se arrependerem e serem batizados em nome de Jesus Cristo. Eles deveriam mudar as suas mentes, tendo sido descrentes em relação a Jesus como o Messias e Salvador, e sobre esta fé em Cristo, a que o Espírito de Deus estava atraindo e ajudando-os, ser batizados, assim, em obediência a Cristo, confessando a sua crença nEle como o Messias e Salvador. E depois de adicional exortação e instrução de Pedro: “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (Atos 2:41-42).

O próximo registro de batismo diz assim: “Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito” (Atos 8:12-13).

O próximo batismo registrado é aquele do orante “irmão Saulo”, a quem o Senhor havia encontrado em seu caminho para Damasco. O próximo batismo registrado é o de Cornélio e “os seus parentes e amigos mais íntimos”, de quem o batismo Pedro julgou que todos aprovariam, desde que ouvindo Pedro as palavras de instrução divina que o Senhor tinha-os batizado com o Espírito Santo, e eles foram ouvidos “falar em línguas, e magnificar a Deus”.

Os próximos batismos registrados são aqueles em Filipos e Corinto, estes são apresentado pelo Sr. Watson como uma prova de que os apóstolos, ao batizarem “famílias inteiras”, batizaram “filhinhos” e “servos” [...]. Admitimos que, no caso de Lídia, temos o registro de que “ela foi batizada, ela e a sua casa”, e o registro anterior sobre ela, “lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” [Atos 16:14], enquanto nada é dito a respeito da característica de “sua casa”. Isso não prova que Lídia tinha marido ou filho. A família deste “vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira”, podia consistir inteiramente de servos. O silêncio aqui não prova nem confirma nada em favor do pedobatismo. Não tendo nenhum registro sobre a característica desta casa, somos obrigados a acreditar que a prática apostólica aqui foi de acordo a prática apostólica anterior e posterior.

O próximo batismo, aquele do carcereiro “e todos os seus”, é um do qual os infantes são claramente excluídos. Paulo e Silas “pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa”; e depois do batismo, “na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa” [Atos 16:34]. O próximo registro é igualmente explícito, e oposto ao batismo de infantes ou descrentes. “E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados” [Atos 18:8]. O batismo de “alguns discípulos” em Éfeso, de quem lemos: “E estes eram, ao todo, uns doze homens” [Atos 19:5-7], igualmente rejeita apoio ao batismo de infantes, enquanto que “a família de Estéfanas”, de quem Paulo diz: “que se tem dedicado ao ministério dos santos” [1 Coríntios 16:15], não pode ser trazido como auxílio aos nossos adversários.

Argumentos a partir de referências ao batismo na Palavra de Deus são tão frívolos como os dos preceitos e exemplos, em referência ao apoio ao batismo de infantes. O apóstolo dos Gentios apela a todos os “santos” em “Roma”, que como “mortos para o pecado”, eles foram “batizados em Jesus Cristo”, “batizados na sua morte”, e “sepultados com ele pelo batismo na morte”. O terem sido batizados exigia que eles deveriam andar também em novidade de vida [Romanos 6:14]. Isso é aplicável aos infantes? Para as igrejas da Galácia, ele escreveu: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo” [Gálatas 3:27]. Sobre os Colossenses ele escreve: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos” [Colossenses 2:12]. A última menção de batismo é por Pedro, que fala do batismo como “indagação de uma boa consciência para com Deus” [1 Pedro 3:21]. Assim, todo o Novo Testamento é condenatório ao Pedobatismo ( crianças).

Nem a promessa Pentecostal de Pedro pode ser provada ter qualquer conexão com, ou referência ao pacto Abraâmico, admitindo que, como algumas promessas se assemelham a outras, essa e a imediatamente seguinte pode nos lembrar das previsões de que em Abraão e à sua descendência todas as nações e todas as famílias da terra serão abençoadas. Que todos os descendentes de Abraão eram eleitos para a salvação ninguém acredita; nem é menos evidente que os filhos de pais perversos receberam o sinal da aliança, assim como os filhos de pais crentes; e em todos os casos além deste dos filhos de Abraão, e não a partir de relação filial, mas a partir de relação com Abraão.

“Os filhos de Davi”, como diz o Dr. Halley, “foram circuncidados de acordo com a mesma lei, e, portanto, pela mesma razão que os filhos daquele adorador de Baal, Acabe, e daquela mulher ímpia, Jezabel”. Nem era a aliança de Deus com Abraão e sua descendência uma aliança com a sua semente como infantes, mas com os seus descendentes. Se o sinal da aliança fosse desobedientemente negligenciado, poderia em qualquer idade, e independentemente da característica em seu destinatário ou pais, ser realizado a partir da relação com Abraão. Nenhum da semente natural de Abraão é outro Abraão, nem é um crente. Mas todos os crentes podem ser mencionados como os filhos (crentes) do crente Abraão. Que Deus entrou graciosamente em aliança com os todos descendentes de Abraão por causa dele, e instituiu um sinal a ser fixado em cada homem, não é evidência de que Deus entrou em aliança com os filhos naturais de cada crente, e com cada filho, por causa do pai, e que o batismo de infantes de crentes, do sexo masculino e feminino, é o sinal nomeado dessa aliança. Onde há tal lei, senão nos escritos de Pedobatistas?

Os filhos de crentes, se não batizados, não estão em “uma condição pior” do que estavam os filhos de crentes circuncidados antes da dispensação Cristã. A graça não é, e nunca foi, hereditária. “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” [João 1:13]. Em todos os tempos, os homens se tornam “filhos de Deus pela fé” [Gálatas 3:26]. Esta fé tem sido mais forte, e brilhado mais ostensiva e gloriosamente, em alguns do que em outros; mas “sem fé é impossível agradar a Deus”, e assim sempre tem sido (Hebreus 11:6, etc.). A aplicação disto apenas para aqueles que são capazes de crer, ninguém pode duvidar. É igualmente claro que a fé de alguns teve como referência um Messias vindouro, e a de outros um Messias que já havia vindo [...].

Não há a menor insinuação na Palavra de Deus que “os filhos dos crentes”, ou “a semente infantil dos crentes”, em distinção dos filhos ou semente infantil de incrédulos, constituam ou pertençam à “eleição da graça”. A tentativa de fundar uma tal hipótese sobre a aliança com Abraão e sua descendência, requer a crença de que a graça é hereditária, que toda a posteridade de Abraão é, desde a infância, composta de filhos de Deus e herdeiros do céu através de sua relação com Abraão, independentemente da sua piedade ou impiedade subsequentes, salvação ou condenação; que a graça divina, através de Abraão, natural e eficazmente se propagou através de toda a sua descendência, ou, se isso é preferido, por toda a sua descendência na linhagem de Isaque e Jacó, até a vinda de Cristo, quando a semente infantil dos crentes tem o mesmo “direito ao pacto da graça que seus pais; e tendo o direito do pacto, não pode, com justiça, ser-lhes negado o batismo”. O que é possível inferir a partir deste raciocínio, senão que toda a semente infantil de Abraão a Cristo, que não descendeu de Abraão, foi herdeira do inferno? e que esta é agora, e desde o tempo de Cristo tem sido, a condição de todas as crianças que têm pais incrédulos? [...] Podemos também perguntar a alguns: podem as bênçãos do pacto, para aqueles nascidos no pacto, os quais têm as suas bênçãos assinaladas e seladas para eles, escaparem de suas mãos?

Nós não negamos a união entre Cristo e Seu povo, de modo que Ele vive neles, mas negamos uma união entre pais e filhos, de modo que quando o pai ou a mãe é convertido, a criança torna-se uma “nova criatura”, ou torna-se nessa ocasião, e não antes, “potencialmente regenerada”. Nós sustentamos que o homem torna-se potencialmente regenerado, não através da unidade orgânica com qualquer homem crente, mas como pertencente àqueles a quem Deus instituiu uma economia da graça, nenhum homem se torna potencialmente regenerado, senão através do sacrifício do Filho de Deus, que expia pecados e fixa a aplicação do Espírito Divino [...]. Há tanta evidência de que uma criança é batizada no batismo do pai, quanto que ela é regenerada na regeneração do pai; sim, que toda a vida e o caráter da criança, e sua eterna salvação ou condenação, são a do pai.

Acreditamos que a circuncisão, não apenas de adultos do sexo masculino, mas de crianças do sexo masculino, foi divinamente ordenada, e que a inconsciência da criança não constituía nenhum obstáculo para uma realização do desígnio desta instituição; e não questionaríamos o direito de Deus, se Lhe parecesse por bem, instituir um rito sob a dispensação Cristã, que abrangesse o inconsciente, machos e fêmeas; mas negamos a sombra de evidência de que Ele o tenha assim promulgado.

As Escrituras que falam sobre o batismo, registrando a sua designação, sua prática, sua natureza, propósito, ou benefício, são aquelas a partir da qual os seus sujeitos divinamente aprovados podem ser conhecidos. Estas falam sobre confissão de pecado, arrependimento, fé em Cristo, o discipulado, uma boa consciência, como características do batizado. Nem uma palavra é constituída me relação aos pais ou outras pessoas como representantes para o “engajamento pessoal da criança” [...]. Nós mesmos, nossos filhos e tudo o que possuímos, são propriedade de Deus; e em tudo, como “Seus servos”, Deus tem o direito soberano de lidar. O dever do batismo não é aprendido com esse fato, mas a partir da revelação da vontade de Deus.

Aqueles que falam sobre o batismo infantil como colocando o nome do filho em testamento pelo pai, precisam ser lembrados da prerrogativa de Deus, e do caráter de Seu governo, como revelado nas palavras: “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá” [Ezequiel 18:4]. Quem, crendo neste testemunho, pode também crer que as crianças não batizadas são “lactentes pagãos”, enquanto aqueles que gentilmente batizados por influência dos pais são lactentes Cristãos?

O batismo de crentes, nós cremos ser um serviço razoável, escriturístico e proveitoso, projetado para fortalecer e perpetuar cada correto sentimento e conduta. Mas seja qual for a estima que temos do equivocado Pedobatista, e embora cordialmente nós o digamos, e esperamos sempre dizer: “A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade”, somos obrigados a pensar e falar sobre o batismo infantil de acordo com um escritor antes citado. “No que não há consciência, nem vontade, não há serviço razoável. Este [O batismo de bebês] alia pessoas sem o seu consentimento, ou até mesmo sua inteligência, a um credo religioso; isso os força a um serviço irracional e involuntário; impõe-lhes uma profissão inconsciente; antecipa a conduta dos anos mais maduros a um grau que a natureza e as Escrituras condenam; e é, portanto, uma violação dos seus justos direitos”. É um benefício para a criança quando nenhum substituto ilusório foi realizado sobre ela, impedindo, ou ajudando a prevenir a sua obediência pessoal, consciente, voluntária e aceitável à ordem de Deus.

Cada registro de batismo na Sagrada Escritura, e toda referência ao batismo, é uma confirmação do batismo de crentes como “um só batismo” para pais e filhos, para todas as gerações, e para todos semelhantemente, até a consumação dos séculos.

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