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Irmão Nene - Vila Ré - SP, a minha infância foi muito difícil, eramos em cinco morando no pequeno barraco

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Irmão Nene - Vila Ré - SP, a minha infância foi muito difícil, eramos em cinco morando no pequeno barraco  Empty Irmão Nene - Vila Ré - SP, a minha infância foi muito difícil, eramos em cinco morando no pequeno barraco

Mensagem por Admin Seg Jun 13, 2011 9:52 pm

Paz,

Alguém já pode ter lido este testemunho, no entanto ele (como outros), tem plena edificação.

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Irmaos, a minha infancia foi muito dificil. Eramos em cinco morando num pequeno barraco, eu e mais dois irmaos, meu pai e minha mae. Eramos todos crentes mas a minha mae era muito crente. Numa ocasiao nos moramos um bom tempo ao lado do cemitério num barraco de pau-a-pique de um comodo sò. Tinhamos somente uma cama de solteiro onde dormia minha mae comigo e meus dois irmaos e meu pai dormia no chao. Nao havia luz eletrica e usavamos lamparina de querosene.
Nessa ocasiao nao tinhamos o que comer, mas sempre Deus preparava. Havia là perto uma empresa que beneficiava leite que nao usava o soro do leite, e nos enchiamos uma lata de 18 litros e bebiamos uma caneca daquele soro de manha, no almoço e na janta. Outras vezes a fornada de pao doce da padaria se queimava e o portugues nos chamava para nos dar aqueles paes queimados. Era o dia feliz em que nos recebiamos um grande presente e nos iamos comendo aquilo com o soro, dias e dias.
Passamos um bom tempo sem termos roupas proprias, nos ganhavamos roupas usadas. Meu irmao do meio tirava agua do poço com o sarilho para uma irma e em paga do seu trabalho ela lhe dava comida. Um dia ela lhe deu uma camisa de cor bordo, fechada, e aquela camisa serviu para todos nos, porque eu nao tinha camisa, eu tinha uma calça curta, larga e amarrada do lado, porque era muito grande, e o meu irmao usava a camisa dois dias, lavava e me emprestava, eu usava dois dias, lavava e passava para o outro e assim nos passamos muito tempo revezando aquela camisa.
Minha mae era muito zelosa, ela me ensinou a ler a biblia e antes de eu ir brincar no quintal ela me fazia sentar ao seu lado, ela punha o véu na cabeça me entregava a biblia e me pedia para que eu lesse para ela em algum lugar. Ela ficava ali reverente, com o veu na cabeça e Deus me dava a graça de ler algum capitulo para ela, e terminando de ler, ela me beijava e mandava ir brincar. E ela recebia aquilo toda as manhas como a Palavra de Deus, ( como de fato era a Palavra de Deus), ali ela comia sua porçao espiritual de cada dia.
Meu pai de vez em quando ficava bebado. Nao era continuo mas ele bebia dois ou tres meses depois parava, passava anos sem beber, depois voltada a beber junto com os outros, e aquilo nos trazia muita angustia porque nos nao tinhamos nem o que comer em casa. Um vizinho nosso que era cooperador, ja velhimo ( que o Senhor ja o recolheu ha muitos anos), ele engordava porcos em seu quintal e periodicamente ele me entregava uma bicicleta preta que ele tinha, com uma lata de 18 litros na garupa, ja tinha as casas certas para ajuntar a lavagem para ele engordar os porcos e eu ia de casa em casa para recolher. Aquele era um dia feliz, porque a gente almoçava e jantava daquela comida que para muitos era lixo, mas matava a fome.
Noutra ocasiao, ja em outra casa, eu dormia em cima de uma mesa, sem colchao, e minha mae dormia em uma cama que ja no meio tinha acabado e so ficaram as laterais e estava cheia de capim. As vezes eu acordava de madrugada com algum ruido e ia la no quarto e mesmo dormindo ela estava falando em linguas. Coisas bonitas que eu nunca vou esquecer na minha vida. Deus nos foi provando, provou a nossa humildade, apertou nossos sentimentos. Houve ocasioes até em que eu ia em reunioes da mocidade e era tirado de dentro da igreja pelos porteiros, mas se me tiravam pela porta da frente eu entrava pela porta do lado, eu nao perdia nada da casa de Deus. E assim Deus me deu a graça de ir crescendo junto com meus irmaos, meu pai e minha mae.
O Senhor preparou de ver coisas bonitas. Normalmente quem se lembra de atender o pobre sao os adultos, quem ja sofreu na pele a fome e a dificuldade de criar uma familia. Raramente se ve um moço, ou uma moça levar pao para o faminto, dificilmente se ve uma moça dar um banho num doente, cuidar de uma casa para uma mae, para uma velhinha. Mas eu tive a oportunidade, nos dias da minha meninice, naquela casinha que nem piso tinha, de ver chegar na minha casa um grupo de moços e moças de dezesseis, dezessete, dezoito e dezenove anos, aquelas moças simples levam arroz, feijao, açucar, sal, enfim cada uma levava uma coisa, levavam vassouras, sabao, e elas chegavam cedo na nossa casa, lavavam os pouquinhos de coisas que tinhamos, varriam a nossa casa, lavavam as nossas roupinhas, costuravam, faziam o almoço com aquilo que levavam, passavam a tarde ali conosco, deixavam a janta pronta no final, oravam conosco e depois iam embora para casa. Que coisa bonita! Os anos se foram, mas esse quadro ficou gravado na minha memoria, Moças novas ainda, com a pele lisa, olhos brilhantes, ja envolvidas pela caridade, pelos sentimentos cristaos.
Uma delas nao andava com as outras, chamava-se Vitoria e era gordinha, retraida, nao convivia com as outras. Quando terminava o culto ela pegava no braço de sua mae (mae de criaçao, inclusive) e ia junto com ela para casa, era caseira, pouco falava. Eu era um menino nessa epoca e nos moravamos numa rua de terra , longa e as vezes era meio dia e nos nao tinhamos café, nao tinhamos nada em casa e estavamos brincando na poeira e a gente avistava de longe aquela moça e ela vinha trazendo um caldeirao grande, e naquele caldeirao tinha feijao, arroz, carne, macarrao, batata, e quando nos reconheciamos aquela moça sozinha, sem companhia, andando naquela avenida comprida, nos corriamos para dentro esfregando as maos e iamos dizer a nossa mae, a Vitoria vai chegar...A Vitoria esta chegando. Entao era uma Vitoria trazendo a nossa vitoria. Era uma coisa maravilhosa e sao coisas que ficam gravadas dentro da gente. É gostoso, é bonito ver um irmao velhinho socorrer o outro, mas que coisa bela é ver gente nova tocada pela caridade, tocada pelo amor, isento das ilusoes deste mundo.
Eu louvo a Deus porque no ano de 1974 o Senhor mostrou para minha mae numa noite que ela seria recolhida do nosso meio. Ela tina 34 anos, tinha os cabelos compridos, para baixo da curva das pernas. Entao ela nos reuniu de manha, era quase no fim do mes de junho, e ela chamou meu pai, eu e meus dois irmaos e mais duas irmaos amigas dela e ali nos deu conselhos e nos anunciou o que Deus tinha dito para ela durante a noite. Chamou meu pai, e ele era um homem alto, forte, um homenzarrao, entao ela disse: Meu marido, a nossa vida até aqui foi uma vida amarga na parte material, uma vida sofrida, nunca tivemos nada de sobra, entao tudo foi falta ne nossa casa, mas eu quero hoje transmitir para voces que Deus nesta noite me disse que eu estou de partida, Deus vai me levar com Ele, e se até agora foi dificil para nos, agora vai ser mais dificil para voces, porque até agora passamos fome, necessidades, mas nos passamos juntos, mas agora nossos filhos nao vao ter a mae do lado, ou vao ter mais a gente do lado, Deus me levara daqui a pouco, ou a tarde, ou de madrugada, ou amanha, mas eu ja estou de partida.
Ai ela nos deu conselhos, nos deu doutrina, falou das mas companhias, das boas companhias, nos orientou que frequentassemos as casas dos crentes firmes e disse para nunca deixarmos a igreja, para congregarmos e quanto ao batismo ela dizia: Deus vai tratar com voces e voces vao tratar com Deus, mas congregar é dever de voces, o restante Deus fara. E disse mais: Voces deverao continuar a vida, voces vao passar necessidades, voces vao crescer separados uns dos outros, vao crescer dispersos. E virando para meu pai ela disse: Meu marido, se eu nao consegui preencher o papel da mulher que voce desejou, hoje eu te peço perdao por tudo o que nao fiz, tudo o que eu nao consegui realizar, eu te peço perdao, mas procurei ser aquilo que eu pude ser. Entao ela pediu perdao e abraçou o meu pai e os dois se abraçaram, choraram um no ombro do outro, e depois ela disse para ele: Meu esposo; de vez em quando o vicio te pega e tira o teu brilho, toca na tua moral e aumenta a nossa dor, ai por algum tempo voce nao bebe, mas Deus poe na minha boca para te dizer: Clame ao Senhor para que nunca mais o vicio volte ao teu corpo. Congregue crie os nossos filhos, sirva ao Senhor e se voce for fiel um dia nos vamos nos encontrar na Gloria de Deus. Porem se o vicio um dia voltar, entao voce vai se tornar um andarilho e vai andar pelas estradas, dormir embaixo das pontes, das arvores, vai carregar um saco nas costas, vai andar descalço, maltrapilho, barbudo e faminto, seguido pelas ruas. A tua biblia, que voce tanto leu e tanto gosta dela, tao limpa e tao bonita, se o vicio voltar, voce ainda vai acordar um dia deitado num pasto molhado de orvalho, descalço, fedido, maltrapilho, o saco de roupas sujas vai ser teu travesseiro e a tua biblia vai estar la debaixo dentro dele, sem capa, rasgada e suja, e o gado vai estar pastanto ao seu lado. Foi uma sentença que ela disse para ele e depois virando para nos ela disse: A mamae vai embora, voces nao vao ter mais uma familia, mas se voces forem fieis Deus vai por em volta de voces uma grande familia.
Eu louvo a Deus, porque naquela manha o meu pai e os meus irmaos se abraçaram com a minha mae, se despediram mas eu nao tive coragem e fui para o portao, me assentei na terra e fiquei pensando na vida. Foi o ultimo encontro que tivemos com nossa mae, foi a ultima vez que tivemos ela na nossa frente porque o Senhor a recolheu, como ela tinha dito.
Ficamos uns trinta e poucos dias juntos e logo nos separamos, cada um para o seu lado. Infelizmente o vicio voltou no meu pai e ele se tornou um andarilho, ano teve mais casa, nao teve endereço nao teve familia e andou pelas ruas com saco nas costas, maltrapilho, fedido. Eu e meus irmaos fomos separados e eu me preocupei muito com meu irmao do meio pela natureza que ele tinha, e nos dava um pouco de trabalho, mas Deus na Sua bondade estava cuidando de cada um de nois.
Eu fui viver a minha vida, um pouco morando com alguém e outro pouco sem ninguém, dormi muito tempo no Aeroporto de Congonhas, na area de espera. Depois dos cultos eu ia para o Aeroporto e la dormia, chegava as 22:30h e deitava la em cima na area de espera, num banco, me encolhia dentro de uma blusa e la passava a noita. Isso foi durante um bom tempo. Outra epoca eu dormia no quintal da casa de uns irmaos, eu ficava andando na frente da casa deles, que eu conhecia pois ja tinha morado la, esperando dar meia noite e meia ou uma hora, quando eles apagavam as luzes, ai eu abria o portao e entrava no quintal para dormir junto com o cachorro que eles tinham. Deus foi tao bom para mim e me guardou durante todo esse tempo. Eu dormi muito em sanitarios, onibus velhos, carros velhos. Numa noite de grande desespero, quando aquela familia apagou as luzes da casa eu entrei no quintal, com muito medo de ladrao, e naquela noite tinha estrelas como raramente se via em Sao Paulo. Deus tinha dado em culto bonito na Vila Ré e ninguém sabia que eu nao tinha casa, eu nunca contei pra ninguém que eu nao tinha casa, e naquela noite, no meu desespero, eu entrei no portao e fui direto, o cachorro estava deitado de costas para o portao, e quando eu entrei ele se virou para o meu lado e balançou a cauda e eu deitei do seu lado, num saco sujo, e ali no meu desespero eu orei deitado e disse: Senhor! Se o meu irmao me nega uma cama, me nega uma casa e eu nao direito a ter nem familia, pelo menos este cao me recebe com tanta alegria. Mas Senhor, porque eu nao tenho direito? E la abri a minha alma e chorei, mas nao adiantou, porque o calice era meu e eu tinha que beber.
Noutra ocasiao eu estava morando com uma familia e na mesa do café com leite, o pao com manteiga, bolachas mas na minha frente so havia uma xicara de café preto. Por muitas vezes o choro veio na minha garganta, mas uma voz dizia assim: Ninguém tem culpa, a prova é tua. Entao Deus me dava forças. Numa outra casa onde morei passei também por provas porque eu congregava todos os dias e era comum quando estava me aprontando para ir ao culto os irmao me perguntarem: Aonde voce vai Nene? Eu respondia para eles: Eu vou para o culto.. E eles me diziam: Voce nao foi ontem? Fui. E vai hoje de novo? Vou. Mas sera que voce volta? Volto, por que nao voltaria? Talvez os carros de fogo e os cavalheiros te recolham pelo caminho. Era para diminuir a minha fé, para escarnecer da minha necessidade, mas nunca respondi pois quem precisava era eu, quem tinha fome era eu, entao eu ia para a casa de Deus e assim Deus me deu a graça de atravessar a minha adolescencia, a minha juventude, Deus me chamou nas aguas do batismo, selou a minha alma com a promessa do Espirito Santo, me deu o privilegio de aprender a musica, me deua a graça de servi-lo como auxiliar na reuniao de jovens e menores, e naquele tempo, ha dezoito anos atras recitavam trezentos e pouco, e ninguém tinha carro, era uma mocidade pobrezinha e nos eramos muito unidos. So a minha continuaçao, dos meninos recitavam 52, e eles nao faltavam. Hoje eu louvo a Deus porque daqueles meninos que recitavam com a gente hoje tem diaconos, tem cooperadores, tem cooperadores de jovens, anciaes, enacarregados regionais, e de vez em quando a gente encontra em algum lugar com um, em outro lugar com outro, e valeu a pena sofrer e chorar, Gloria a Deus!
Louvo a Deus por todo bem que me concedeu. Deus nao me deu a graça de ter cultura e estudar mas depois me preparou emprego e graças a Deus faz alguns anos que nao voltei a passar fome (também espero que nap volte nunca mais, tem piedade!). Eu agradeço a Deus porque os meus irmaos viveram a mesma vida, cada um no seu lugar, mas Deus chamou nos tres na Sua Graça e deu esposas para nos tres. O meu irmao do meio que dava trabalho quando menino, que brigava na rua, o Senhor fez com que ele fosse apresentado como cooperador de jovens e menores, ainda solteiro, jovem, na cidade de Uniao da Vitoria, que divide o estado de Santa Catarina com o Estado do Parana. Depois Deus preparou uma irma para ser sua esposa, depois levantou ele como cooperador oficial. Ele também sofreu muito, uma vez quando ainda era cooperador de jovens e menores e a obra naquela cidade era muito sofrida, ele veio uma vez para S.Paulo buscar a Palavra. Ele viajou a noite toda porque alguém disse para ele assim: Voce congrega todos dias com a mesma roupa, quando voce comprar roupa nova voce pode atender a reuniao. Isso aconteceu numa terça-feira e na quarta-feira chegou na casa dele uma caixa com dois ternos, camisas, gravatas, meias, sapatos, tudo novinho para ele. Entao ele nao falou nada, voltou no proximo culto que era antes de domingo e chegou bonito, de ternom novo, entao quem disse para ele nao atender a reuniao enquanto nao voltasse com roupa nova, perguntaram para ele: Ja comprou roupas novas?Ele reposndeu: Deus preaprou! Entao voce pode continuar. E ele continuou. Mas a obra la estava sofrendo, Uma noite Deus mandou a Palavra na Vila Ré num domingo e dizia assim: Neste momento Eu estou removendo a pedra da minha obra na tua cidade. E deus dizia: La Eu vou trocar tudo, Eu vou trocar os porteiro, Vou trocar a piedade, Vou trocar os musicos, Vou trocar o encarregado, Vou trocar o diacono, Eu vou trocar tudo...E Deus trocou tudo, mesmo! Tudo la é novo, mas tudo mesmo, e depois disso faz 13 anos que Deus levantou o meu irmao como anciao e serve a Deus feliz com sua familia junto daquela irmandade. E o outro meu irmao também esta feliz e congrega ali em Santa Izabel, e assim Deus tem abençoado muito.
No ano de 1989 Deus me chamou para junto da mocidade como cooperador de jovens e menores na Vila Ré e depois em 1994 me chamou para este outro ministerio. Louvo a Deus porque o que Deus fez para mim foi demais, nao era para estar vivo, nem para ser gente, era para ser desencaminhado e estar largado nos vicios, mas eu posso falar de boca cheia que nunca me apartei dos pes do Senhor. Com casa ou sem casa, com pao ou sem pao, com familia ou sem familia, Deus me amparou. E hoje eu pago o meu voto, porque tao logo Deus recolheu minha mae uma das vizinhas estava preocupada conosco e dizia para mim: Nene, vamos ao cinema. Isto era todos os dias. Vamos ao cinema a noite para nos distrairmos. Eu dizia que ia mas quando chegava a hora dela sair eu saia de casa e so voltava depois que ela tinha saido, depois arrumava um jeito de dar uma desculpa. Na ultima vez que eu prometi de ir, durante o dia, antes que a mulher chegasse, a tarde, eu fui no centro da cidade aonde tinha o cinema e la tinha uma grade que corria sanfonada e tina os cartazes do cinema, do que ia ocorrer a noite, entao eu pus as duas maos naquela grade e olhei para os céus ( eu ainda usava calça curta) e disse: Senhor! A minha mae tu levaste e eu nao tenho nada na vida, nunca entrei neste lugar e se um dia eu for moço e olhar para tras e me lembrar que eu nunca entrei dentro de um cinema, eu te exaltarei de toda minha alma. E Deus me guardou e hoje eu exalto o nome do Senhor.
Louvo a Deus por muitas obras, muitos favores que Deus tem feito na minha vida. Minha esposa certa vez ficou cega de um olho e Deus mandou uma Palavra dizendo que iria operar. E numa noite, eu nao vi, esta obra é tao bonita porque ela é assim, mesmo dormindo junto eu nao vi, eu percebia algum movimento mas o que ela viu eu nao vi e de manha ela entao me contou que entrou um clarao dentro de casa, e entrou um varao e falou com ela e devolveu-lhe a visao e foi embora. Gloria ao Nome do Senhor!
Deus deve ser sempre louvado, sempre glorificado, sempre exaltado por todos nos. Hoje eu louvo a Deus por tudo o que Ele me fez. O meu pai, que tinha ido embora, depois de muitos anos nos o encontramos. Nao sabiamos onde estava, nem onde andava, mas tivemos uma noticia de que ela poderia estar em uma cidade perto de Ribeirao Preto. Ai eu chamei o irmao Toninho, anciao da Vila Salete e fomos até la. Antes fizemos uma oraçao e diziamos: Senhor! Nao sabemos onde ele esta, nos de um bom encontro, tenho saudades do meu pai. E quando fazia meia hora que tinhamos chegado naquela cidade eu olhei e numa esquina vinha andando um homem alto, magro, sujo, descalço, cabeludo, de saco nas costas. Era meu pai, ali nos abraçamos e choramos. Pedi para meu tio e ajeitaram um banho para ele, fui comprar roupas e preparei tudo, trouxe ele para Sao Paulo, tirei os documentos dele, e ele ficou de novo bonito, e eu disse: Pai, o Senhor é novo, mas nao trabalha nao, eu vou trabalhar e o Senhor vai so ficar junto com a gente. Uma ocasiao ele chorava muito e disse para mim e meu irmao: José meu filho, eu me lembrei do que Deus pos na boca da sua mae quando um dia acordei no meio das vacas do pasto, molhado de orvalho, sujo e maltrapilho, com o cabelo encaracolado deitado sobre o saco de roupas sujas, e a minha biblia estava la dentro do saco, sem capa, rasgada e suja. E assim ele ficou com a gente tres anos, viajou com meus irmaos, ajudou construir igrejas. Mas depois desse tempo ele quis de novo ir embora para algum lugar e foi-se e nunca mais nos o achamos.. Depois de alguns anos soubemos que ele foi encontrado no meio do mato, morto com aquele saco de roupas sujas ali ao seu lado.
Mas Deus nos guardou, a mim e aos meus irmao, Ele nos amparou e eu tenho certeza de que se eu for fiel, junto convosco herdaremos a coroa da vida eterna. As vezes pode ter algum orfao aqui, algum menino, alguma moça; a mae ja foi, mas coma este pedaço de pao: Fica firme no Senhor, bebe o teu gole amargo, que depois Deus espremera no teu copo o favo de mel.
Deus seja louvado. Amém!

Fonte: ccbhinos

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