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O contexto do trocadilho na história bíblica

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O contexto do trocadilho na história bíblica Empty O contexto do trocadilho na história bíblica

Mensagem por Admin Sex Jul 05, 2013 6:23 pm



Ao observar o contexto do trocadilho tão controverso ao longo da história do cristianismo, verifica-se que Jesus havia interrogado os seus discípulos acerca de quem ele era ( Mt 16:15 ), momento em que o discípulo Pedro fez uma confissão “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” ( Mt 16:16 ). O que é confissão? A palavra grega ‘homologeo’ traduzida por confessar significa literalmente falar a mesma coisa, consentir, concordar, admitir, declarar o que realmente é acerca de algo em decorrência de profunda convicção dos fatos.

"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela"
( Mt 16:18 )

Luis Fernando Veríssimo teceu um comentário no jornal O Estado de São Paulo, em 13 de março de 2008, sob o título ‘Pedro e Paulo’, no Caderno 2, pág. D14, o que motivou-me a escrever sobre Mateus 16, verso 18.

A visão de Veríssimo é desfocada da ideia bíblica, porém, não vejo nele dolo, uma vez que ele segue as premissas difundidas nos meios acadêmicos, que não tem por base as Escrituras, antes segue as especulações históricas.
Ele afirma em seu artigo, que contém (é) uma critica ácida à riqueza do Vaticano, que:

• Jesus apresentou o primeiro trocadilho registrado da história quando disse que;
• Pedro era a pedra sobre a qual Jesus haveria de erguer a sua igreja, porém;
• Apesar da fala de Jesus de que ele edificaria a sua igreja, foi o apóstolo Paulo quem a construiu.

Em primeiro lugar, não foi Jesus quem deixou registrado o primeiro trocadilho da história, uma vez que no Antigo Testamento encontramos inúmeros trocadilhos. Um exemplo de trocadilho está registrado em Isaias: “Ai de ti, Ariel, Ariel, a cidade em que Davi assentou o seu arraial! Acrescentai ano a ano, e sucedam-se festas. Contudo sitiarei a Ariel; pranteará e lamentará, será para mim como a lareira do altar” (Isaias 29: 1- 2).

A palavra hebraica transliterada como nome próprio ‘Ariel’, na verdade significa ‘lareira de Deus’, uma referência a cidade de Jerusalém, onde ficava o templo e o altar do sacrifício.

Como é próprio à poesia hebraica privilegiar as ideias em lugar da rima, Isaías fez um trocadilho, dando a entender que, de local onde se oferecia sacrifício, um dia, a própria cidade de Jerusalém passaria a ser, ela mesma, um altar de sacrifício.

A poesia hebraica favorece o surgimento de ‘trocadilhos’ e um trocadilho bem conhecido e citado por muitos está no livro de Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem” (Jeremias 17: 5). Ora, a maldição não recai sobre quem confia em seus semelhantes, até porque, as relações humanas são regidas por confiança mutua, antes, a ideia que o texto procura transmitir é: maldito o homem que confia na força do seu próprio braço, ou seja, o homem que deixa de confiar em Deus e passa a confiar em si mesmo (Jeremias 17: 5 e 7 ; Pv 3:5 ), o que já contraria o posicionamento de Veríssimo de que o ‘trocadilho’ feito por Jesus é o primeiro da história “Pedro era a pedra sobre a qual se ergueria sua igreja, disse Jesus, no primeiro trocadilho registrado pela História, mas foi Paulo quem a construiu” Luiz Fernando Veríssimo, jornal O Estado de São Paulo, em 13 de março de 2008, sob o título ‘Pedro e Paulo’, no Caderno 2, pág. D14.


Mas, admitir que a fala de Jesus é um trocadilho, resta apenas o entendimento de que o apóstolo Pedro não era e não foi a ‘pedra’ sobre a qual Jesus ergueria a sua igreja "Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ( Mt 16:18 ).

Na primeira leitura do texto se depreende que o apóstolo Pedro seria a pedra fundamental sobre a qual a igreja haveria de ser erguida, porém, como toda a bíblia depõe contra esta primeira leitura, certo é que este é o caso de um ‘trocadilho’, pois o apóstolo Pedro não era a pedra fundamental (pedra de esquina), antes o próprio Cristo, como o próprio apóstolo atesta em uma de suas epístolas "E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina" ( 1Pe 2:7 ).

Um mal entendido semelhante a este foi registrado pelo apóstolo João e, ele mesmo procura desfazer o entendimento equivocado acerca da fala de Jesus: "Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?" ( Jo 21:21 -23).

Lucas, o médico amado, registrou um discurso do apóstolo Pedro em que é demonstrado que Jesus é a pedra angular “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” ( At 4:11 -12).

Veríssimo afirma que foi o apóstolo Paulo quem construiu a igreja, contrariando a fala de Jesus. Ora, foi Jesus ou Paulo que construiu a igreja? O fato de o apóstolo Paulo ter viajado pelo ‘mundo antigo’ anunciando o evangelho o tornou construtor da igreja? “Pedro era a pedra sobre a qual se ergueria sua igreja, disse Jesus, no primeiro trocadilho registrado pela História, mas foi Paulo quem a construiu. O apóstolo propagador levou o cristianismo a todos os cantos do mundo conhecido e, na sua pregação, definiu o que havia de diferente na nova religião” Idem.

Como o apóstolo Paulo poderia ter construído a igreja se ela já existia quando ele começou persegui-la? ( Gl 1:13 ). A concepção secular de igreja difere da concepção que Cristo e os apóstolos ensinaram, pois a igreja de Cristo não foi concebida como instituição ou governo, antes como morada de Deus.

Jesus foi enfático: “Eu edificarei a minha igreja” ( Mt 16:18 ). Através desta afirmação, temos: Cristo como sábio construtor e a quem a igreja pertence, pois ela é o seu corpo “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” ( Ef 1:21 -22).

O apóstolo Paulo afirmou que a igreja pertence a Deus e que ela está sujeita a Cristo, sendo a igreja o seu corpo. O apóstolo Paulo demonstrou que faz parte do corpo de Cristo na condição de servo ( Gl 1:13 ; 1Co 1:2 ).

Mas, o apóstolo dos gentios não parou neste ponto, pois ele demonstra que, como Jesus é o fundamento, todos os cristãos podem edificar a igreja, porém, ninguém pode por outro fundamento “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (...) Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” ( 1Co 3:10 -17).

É descabida a ideia de que o apóstolo Paulo ‘edificou’ a igreja no simples fato de ter se aplicado em difundir o evangelho. É o mesmo que afirmar que os museus onde os quadros de Picasso foram expostos é que estabeleceram o valor intrínseco aos quadros produzidos.

Ora, o apóstolo que difundiu o evangelho era fruto do evangelho de Cristo. Ele tornou-se apóstolo por causa do evangelho e não porque difundiu o evangelho. Como apóstolo, Paulo mesmo disse que Cristo o enviou a evangelizar ( 1Co 1:17 ).

Existe um diferencial do apóstolo Paulo com os outros apóstolos por causa das cartas que ele escreveu. Vemos a difusão do evangelho através de seus olhos. Que diremos do trabalho dos outros apóstolos? Só não é patente porque não foi registrado, mas não foi menos importante que o do apóstolo dos gentios.

As cartas do apóstolo Paulo foram e são de suma importância para difusão do evangelho uma vez que os seus escritos puderam ser analisados ao longo da história. Enquanto o trabalho dos outros apóstolos foi pontual, restringindo-se ao tempo em que viveram, as cartas do apóstolo Paulo transcendeu o seu tempo, tendo em vista o que representou a sua conversão, pois ele mesmo era um perseguidor severo da igreja e tornou-se o maior divulgador da doutrina de Cristo.

O artigo de Veríssimo apresenta outro ponto polêmico: quem apresentou o diferencial da nova religião? Para os acadêmicos foi o apóstolo Paulo quem definiu os pontos doutrinários da nova religião, porém, uma analise apurada dos ensinos de Cristo demonstra que o evangelho de Cristo constitui-se a verdadeira expressão do que foi anunciado na Lei, nos Profetas e nos Salmos, o que é contrário a todo o ordenamento judaico.

Qualquer ou todo sistema religioso, até mesmo a ‘cristandade’ nos nossos dias aponta o julgamento da humanidade como um evento para o futuro da humanidade, quando os homens serão declarados culpados ou inocentes, o que contaria o que Jesus demonstrou, que o homem já está condenado. O evangelho de Cristo demonstra que o julgamento da humanidade já ocorreu e que ele se deu no início da civilização humana. O julgamento da humanidade se deu no primeiro homem, ou seja, no passado, e todos foram condenados e apenados e, por isso, todos os homens precisam de salvação hoje “...mas quem não crê já está condenado...” ( Jo 3:18 ).


O evangelho de Cristo diferencia-se do judaísmo ou das crenças judaicas em vários aspectos, e a perseguição o Senhor Jesus sofreu dos religiosos à época é prova cabal disso ( Gl 5:11 ).

O apóstolo Paulo declarou que o evangelho de Cristo é poder de Deus para salvação de todo homem que confiar em Deus ( Rm 1:16 ). João demonstrou que todos os homens que crêem no evangelho de Cristo recebem poder para serem feitos filhos de Deus ( Jo 1:12 ). Cristo, o autor da salvação disse: "... as palavras que eu vos disse são espírito e vida" ( Jo 6:63 ).

A doutrina de Cristo era completamente diferente da doutrina dos fariseus, uma vez que muitos dos seus seguidores entenderam que o discurso de Cristo era difícil de suportar "Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?" (João 6: 60).

Veríssimo alega que foi o apóstolo Paulo que proclamou o evangelho livre do racionalismo grego. Para sustentar a sua alegação, aponta para um texto do apóstolo Paulo transcrito em latim: “Sapientiam sapientum perdam”, ou seja, destruirei a sabedoria dos sábios, porém, como é sabido, tal fala não pertence ao apóstolo Paulo que evidência este fato ao declarar: "Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes" ( 1Co 1:19 ).

Ora, o apóstolo Paulo fez referência a um verso do livro de Isaias ao demonstrar que o evangelho apresentado por Cristo não coaduna com a idéia dos judeus e nem com a dos gregos ( Is 29:14 ).

O apóstolo Paulo não estava levantando uma bandeira contra o pensamento grego, antes, qualquer homem, seja ele grego ou judeu, é designado de modo pejorativo um ‘sábio’ quando rejeita o poder do evangelho, e este ‘sábio’, por sua vez, considera o evangelho como loucura ( 1Co 1:18 ).

Quando o apóstolo Paulo diz que a loucura de Deus é mais sábia que os homens, estava evidenciando a cruz de Cristo. Para os gregos a cruz era loucura e, para o judeu não passava de escândalo, porém, na cruz a multiforme sabedoria de Deus foi demonstrada ( 1Co 1:25 ).

As declarações do apóstolo Paulo aos Coríntios não tem em vista a lógica ou a ciência. Ele jamais introduziu a discórdia com qualquer ramo do pensamento humano.

Neste sentido, seria um contra senso ele apregoar qualquer insurreição dos cristãos contra o sistema político e econômico à época se o reino de Deus não é deste mundo.

O apóstolo Pedro não gerou a igreja, e, portanto, ele não é o pai da igreja e nem a pedra angular que dá sustentação a igreja. A igreja não é uma entidade ou instituição, como muitos a concebem. A igreja é um corpo, o corpo de Cristo. A bíblia define que Cristo é a cabeça da igreja, o que significa que Cristo não é meramente um líder. Como cabeça,

Cristo demonstra que os cristãos estão intimamente ligados a ele.

Enquanto algumas instituições religiosas assumiram a condição de organização, instituição, corporação e até de governo, a igreja de Cristo diz das pessoas que aceitam e professam o seu evangelho em todos os lugares e em qualquer tempo. Cristo mesmo declarou que a sua igreja não é deste mundo, e que os seus integrantes não têm possessão permanente aqui ( Jo 17:16 ).

Embora tais instituições possuam o título de cristãs, na realidade instituição ou governo não são seguidores de Cristo, pois os seguidores de Cristo são homens que o professam segundo o evangelho.

Veríssimo diz que: “O admirável é que a força mística da igreja de Pedro tenha sobrevivido a todas as derrotas políticas da igreja de Paulo” Idem. Ora, não há nada de admirável em uma instituição que se promoveu até angariar o status de entidade política, e que arrematou riquezas ao longo da história da humanidade. O evangelho distorcido e irreconhecível que criaram para dar sustentabilidade ao sistema religioso nada tem do evangelho de Cristo. Pedro e Paulo são participantes da mesma igreja que qualquer pessoa que hoje crer no evangelho tornar-se participante: o corpo de Cristo.

Do ponto de vista teológico, o artigo em pauta contém várias imprecisões, que se analisadas minuciosamente não resistem à verdade da bíblia. Quando Veríssimo diz que o apóstolo Paulo se opôs “.... a Pedro e aos cristãos primitivos de Jerusalém...” e que “... marcou a distância da nova crença das suas raízes judaicas...” Idem, é porque nunca leu que em determinado momento da sua carreira missionária, o apóstolo Paulo foi a Jerusalém e constatou que o que anunciava era idêntico a dos outros apóstolos “E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão; Recomendando-nos somente que nos lembrássemos” ( Gl 2:9 -10).

O que se percebe é que Veríssimo propôs uma critica a igreja católica, porém, desconhece a essência do evangelho e quem foram os apóstolos: Paulo e Pedro. Porém, ele não é de todo culpado, pois muitos que se dizem seguidores de Cristo possuem a visão turvada.

Mas, o apóstolo Pedro esclarece o trocadilho proposto por Cristo: "Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ( Mt 16:18 ), quando escreveu: “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” ( Pe 2:4 -5).

Jesus não edificou a sua igreja única e exclusivamente através da pessoa de Pedro ou de Paulo, antes todos os que creem em Cristo e o confessarem como o apóstolo Pedro confessou, que Cristo é o Messias, o Filho do Deus vivo, constitui-se uma pedra do templo erguido em louvor a Deus "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" ( Rm 10:9 ); "Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele" ( 1Co 3:10 ); “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” ( Ef 2:20 -22).

O apóstolo Pedro foi nomeado ‘pedra’ após admitir que Cristo é o Filho do Deus vivo, e todos que confessam o Filho são ‘pedras vivas’, pois são criados em verdadeira justiça e santidade conforme a pedra eleita e preciosa, que é Cristo "Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus" ( 1Jo 4:15 ; Rm 10:9 ).


Ao observar o contexto do trocadilho tão controverso ao longo da história do cristianismo, verifica-se que Jesus havia interrogado os seus discípulos acerca de quem ele era ( Mt 16:15 ), momento em que o discípulo Pedro fez uma confissão “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” ( Mt 16:16 ).

O que é confissão? A palavra grega ‘homologeo’ traduzida por confessar significa literalmente falar a mesma coisa, consentir, concordar, admitir, declarar o que realmente é acerca de algo em decorrência de profunda convicção dos fatos.

Portanto, quando Pedro disse que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo, a fala de Pedro correspondia à verdade, pois Jesus era o Filho do Deus vivo.

Em seguida, após anunciar que Simão era bem-aventurado, Jesus, aos moldes da confissão de Pedro, também faz uma confissão: “Pois também eu te digo que tu és Pedro...” ( Mt 16:18 ). O que há de significativo na confissão de Cristo? Ora, Ele admitiu que o seu discípulo, Simão, a quem pôs o nome de Pedro ( Mc 3:16 ), realmente era Pedro ( Mt 16:18 ), ou seja, Jesus admitiu como efeito de uma convicção profunda acerca dos fatos.
Ora, por sua vez, a convicção de Pedro foi lhe dada por revelação, ou seja, não foi os homens que revelaram tal fato a Pedro, mas Deus foi quem o revelou ( Mt 16:17 ), através da palavra do evangelho.

A confissão possui dois aspectos:
• Após ouvir a mensagem do evangelho, o homem precisa reconhecer, admitir, concordar, etc., que é pecador, ou seja, ao admitir-se culpado como resultado de convicção interior, confessou que é pecador ( 1Jo 1:9 );
• Quando o homem depara-se com o evangelho, também deve reconhecer, admitir, consentir que Cristo é o Filho do Deus vivo, portanto, declara abertamente e fala livremente, como efeito de profunda convicção dos fatos, que Jesus é o Cristo.

Portanto, qualquer que admitir que Jesus é o Cristo, constitui-se uma ‘pedra’ assim como Pedro e, por meio destas ‘pedras’ vivas Jesus tem edificado o seu corpo, que é a igreja ( Rm 10:8 -10); "Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus" ( Mt 10:32 ).

Pedro confessou a Cristo como o Filho do Deus vivo diante dos discípulos e, Jesus o confessou (admitiu) diante do Pai, que está nos céus, que Pedro era uma das ‘pedras vivas’ que compunha o seu corpo "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" ( 1Pe 2:5 ).

A confissão jamais pode ser tida como sacramento da penitência ou do perdão, em que envolve a remissão de pecados perante um padre (presbítero) ou bispo que ‘atua’ em nome de Cristo. Tais práticas disseminou-se na Igreja Católica, na Igreja Ortodoxa e em algumas comunidades religiosas da Igreja Anglicana. Para esses seguimentos religiosos, inclusive, alguns movimentos protestantes, o recebimento do perdão divino se dá por meio das faltas confessadas diante de um representante de Cristo e de uma penitência, que consiste na repação do suposto dano causado por quem errou.“Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”

Todos os homens que professam a Cristo conforme diz as Escrituras são pedras vivas, plantação do Senhor. Entretanto, além da condição de pedras vivas e plantação do Senhor, também foram 'contratados' como trabalhadores na vinha, o que não os faz fundadores da vinha.

É neste contexto que se lê a seguinte declaração do apóstolo Paulo: "Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele" ( 1Co 3:10 ), pois a ação de Deus entre os homens se dá através de seus servos, homens que professam a Cristo como salvador. O fato de Jesus construir a sua igreja não implica na negativa de que o apóstolo dos gentios foi instrumento para levar a efeito tal obra.

Claudio Crispim

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