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Meio-termo: a prejudicial idolatria ao santo ancião da ccb
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Meio-termo: a prejudicial idolatria ao santo ancião da ccb
Certas atitudes em nosso meio, denotam o roubo da glória de Deus, generalizar não seria sensato, refletir sobre o caso indica prudência. Demonstração de poder é algo necessário, a igreja não necessita de teatros religiosos, de apresentações repletas de ênfase, que emocionam a carne, tão propensa a falsas emoções, vazias no entanto da virtude real, como num filme estamos sujeitos a chorar, diante do drama que vai se desenrolando.
A carne tem necessidade desse tipo de sensação, ela é tão solitária, que muitos dedicam suas vidas, a pensar que um santo de barro, possa interceder junto a Deus, como também um ancião de carne, tem a infalibilidade diante da igreja. Honrar um líder, é mais uma questão de educação, a honra devida é pela dedicação dele ao evangelho, nada tem haver com as ostentações que envolvem o cargo.
Em dias comuns, o templo se torna comum, quando o cooperador/ancião comum, atende dia após dia, quando porém através de telefonemas, se espalha uma notícia, que determinado “santo ancião” vai estar naquele templo comum, o comum vira anormal, com direito a sobras lugares, pessoas se espremendo pelos corredores, inclusive se acumulando do lado de fora do templo, afinal, aquele irmão tem o “dom”, quando porém o culto termina, o anormal retorna ao comum, como se a demonstração do poder de Deus, se restringisse a eventos esporádicos.
Como i sem pingo não existe, esclarecemos que a crítica é reflexiva, não contesta a unção que existe sobre o "santo ancião", a contestação pertence a Deus, que julgará todas as imposições realizadas pelas mãos, como também a intenção das escolhas. Ressaltamos que na escolha de Deus, não existe peso para o escolhido, o peso a que se referimos seria a falta de poder, de vocação, de sabedoria.
Já foram naquelas palestras, em que determinado momento, você começa a “pescar” de sono, por falta de motivação, sendo a culpa do palestrante, não é que ele não entenda do assunto, nele não tem a vocação oral para transmitir sua mensagem, agora, se o palestrante é um grande orador, mesmo diante de um dia cansativo, ele tem o poder de manter a platéia acesa. Na religião ocorre a mesma coisa, o cotidiano é cansativo, motivo pelo qual o esporádico, se torna um evento tão grandioso, cabe aqui investigar se o orador religioso, realmente sabe do que está falando.
Um grande exemplo bíblico sobre a idolatria desnecessária, ocorreu com o apóstolo Paulo, acompanhe a situação ocorrida na província romana de Listra:
" E estava assentado em Listra certo homem leso dos pés, coxo desde o ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, Disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou. E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaónica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. " Atos 14:8 a 13
Por um milagre o povo carente, considerou Paulo e Barnabé, deuses que se transformaram em homens.
Jesus foi o único Deus, que veio em carne, para fazer a vontade do Pai.
Barnabé foi chamado de Júpiter, deus romano do dia ( tal como o deus grego Zeus), já Paulo foi chamado de Mercúrio (tal como deus grego Hermes), outro deus romano, por aqueles que presenciaram o milagre, ignorando o povo cego, que ele ocorreu da parte do único Deus que habita no céu. Paulo não se iludiu com isso, sua alma entrou em colapso, diante da idolatria desnecessária, da carência de um povo, em querer ser dominado por deuses, tal como alguns são dominados, pelos santos intercessores de barro, como também por santos ungidos de carne. O sacerdote absorto pela ignorância, preparou-lhes um sacrifício, para engrandecê-los, como se eles literalmente fossem deuses.
Se em Paulo e Barnabé não habitasse o poder de Deus, certamente que eles seriam homens comuns, na verdade, eles eram homens semelhantes a nós, entretanto, revestidos de um poder imensurável, sendo está a principal diferença. Se transpormos essa história maravilhosa de esvaziamento, para os dias atuais, ela dificilmente se encaixaria, na vida de um líder atual, para assim dizer, que existem homens sinceros, embora sejam poucos, aqueles que não produzam verdadeiros teatros nos templos, roubando a glória de Deus, enquanto ouvem todo um povo, sacrificar-lhes os glórias, glórias, e glórias.
Por um culto diferente você sacrifica tantas coisas, que você dificilmente pondera.
Paulo e Barnabé fortaleceram suas palavras, quando o Espírito Santo se apossou deles, para justificar o Deus verdadeiro:
"Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, E dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles; O qual nos tempos passados deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos. E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações. E, dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem. " Atos 14: 14 a 18
Declararam ser homens com as mesmas paixões, para provar que muitos, não compreendendo o milagre, estavam diminuindo a grandeza do efeito, considerando o milagreiro maior que aquele que concedeu o milagre.
E o milagreiro faz discípulos, esteja onde estiver, arrastará após si, uma multidão de adoradores pelo "dom" contido nele, mesmo que ele seja uma farsa. Essa foi a causa do desespero de Paulo e Barnabé, a ausência do Espírito Santo no coração daqueles homens, que tem o poder de discernir os espíritos. Os apóstolos pediram a multidão que se afastassem dessas coisas vãs, para que realmente pudessem, servir ao Deus vivo, não a carne morta que se ilude com deuses. A Escritura confirma que Deus deixou a humanidade, seguir seu próprio caminho, logicamente, não a deixou desacompanhada da verdade, foi ela que preferiu a ilusão. No tempo em que Jesus não havia manifestado, Deus diligentemente, não esporadicamente, encheu os corações de muitos, que prezavam pela verdade, não negando os que a desprezavam, houve tantas profecias para destruição, mesmo com elas, Deus manteve o seu propósito intacto, pela palavra que permanece, deixando o julgamento para o fim de todas as coisas.
"Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles; O qual nos tempos passados deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos. "
Com dificuldade Paulo apagou o desejo daqueles homens, hoje ele não está em nosso meio, para ajudar-nos com a idolatria desnecessária, com a procura maléfica do "santo ancião", que bate na tribuna, que pula, que incita, que rouba a glória de Deus. Sim! Existem ensinamentos para refrear essas situações, eles visam a adequar o rebanho a sistemática da religião, sendo isso também um grande malefício. A comunidade religiosa deve se adequar a vontade de Deus, não admitindo exageros, como também, não admitindo o marasmo que não edifica.
Haveria um meio-termo para tal situação?
O filósofo grego Aristóteles criou a doutrina do meio-termo, algo humano, para explicar os vícios humanos:
"A Doutrina do meio-termo do filósofo grego Aristóteles faz parte da ética do sistema aristotélico.Ela é um estado considerado o ideal, para Aristóteles. Todos os excessos são considerados vícios. Excesso de coragem é a temeridade, a impulsividade. A falta de coragem é a covardia. Ambas são consideradas vícios. É preciso buscar o equilíbrio, que é a virtude, ou seja, a coragem em si. Uma virtude realizada alcança um meio-termo entre o excesso e a deficiência." (Wikipédia)
O excesso pode ser uma ilusão, a deficiência um vazio na alma, quando num culto haverá o meio-termo?
Qual seria o equilíbrio para a ccb?
O filósofo/apóstolo Paulo explicou a igreja de Corinto sobre o meio-termo na igreja:
" Quisera eu me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. “ 2 Coríntios 11: 1 a 3
E concluiu magistralmente:
“E continuarei fazendo o que faço, a fim de não dar oportunidade àqueles que desejam encontrar ocasião de serem considerados iguais a nós nas coisas de que se orgulham. Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo. Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem.” 2 Cor. 11:12 a 15
Com amor pela obra de Deus (Jesus), deixemos a mercê do Espírito, nossos desejos e vontade, para deixarmos os vicíos da ilusão.
O ancião que esvaziar a si mesmo de qualquer glória, rasga o disfarce do diabo, honra a Deus, e tem duplicada honra perante a congregação.
"Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino" 1 Tim. 5:17
Quanto a obra de Deus:
"A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou" João 6:29
Eldier.
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